A operação Jogo Limpo, lançada pela Polícia Federal nesta quarta-feira (26), com apoio da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), está trazendo à tona questões importantes sobre a manipulação de resultados no futebol brasileiro. Documentos apreendidos sugerem possíveis irregularidades no jogo entre Inter de Limeira e Patrocinense, reacendendo o debate sobre a eficiência das medidas adotadas pela CBF e pela PF no combate a esses crimes.

Dados recentes mostram que os esforços conjuntos estão surtindo efeito: houve uma queda de 67% nos jogos suspeitos de manipulação entre janeiro e junho de 2023 em comparação com o mesmo período de 2024. Quando considerados apenas os jogos organizados pela CBF, a redução é ainda mais impressionante, de 92,8%, passando de 14 casos suspeitos para apenas um.

Embora a Polícia Federal e a CBF tenham mantido discrição sobre os detalhes das ações de combate, diversas medidas estão em andamento. Delegados da PF têm acesso em tempo real a denúncias e informações fornecidas pela CBF. Seis áreas da confederação, incluindo a Unidade de Integridade e a Diretoria Jurídica, estão ativamente envolvidas no suporte às investigações, enquanto técnicos e capitães de equipes recebem orientações específicas sobre o tema.

O rigor na apuração abrange jogadores, dirigentes, comissões técnicas e árbitros, refletindo um esforço abrangente para erradicar a manipulação de resultados. A atuação integrada e a vigilância constante são passos essenciais para garantir a integridade do futebol brasileiro e a confiança dos torcedores.