O cenário do futebol baiano ganhou um novo capítulo de desigualdade desde a chegada do grupo City ao Bahia em 2023. Com investimentos que ultrapassam os R$ 373 milhões em contratações nos últimos dois anos, o Tricolor de Aço não apenas voltou à Libertadores após 35 anos, como também abriu uma larga vantagem em relação ao rival Vitória. Enquanto o Bahia fechou com 16 reforços custando R$ 233,3 milhões apenas em 2024 e 2025, o Leão desembolsou R$ 29,5 milhões para contratar 40 jogadores no mesmo período.

O volante Erick, destaque vindo do Athletico-PR por R$ 28,7 milhões, é o símbolo dessa fase de fartura. Ele se junta a nomes como Jean Lucas, Caio Alexandre e Rodrigo Nestor, formando um elenco que colocou o Bahia entre os maiores investidores do Brasil, ao lado de Flamengo, Botafogo e Palmeiras. Os números são claros: o Tricolor hoje tem poder financeiro para brigar entre os gigantes.

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No lado rubro-negro, o Vitória luta com recursos limitados para montar um time competitivo. Claudinho e Wellington Rato foram as principais contratações de 2025, ambos por cerca de R$ 5 milhões. Embora o Leão mostre resiliência e busque criatividade no mercado, a diferença de recursos deixa evidente o desafio de competir em pé de igualdade com o rival estadual.

Essa nova era no futebol baiano reflete mais que uma disputa esportiva. É um retrato das mudanças trazidas por investimentos externos, que transformam clubes em verdadeiras máquinas financeiras. Para o Bahia, é a chance de consolidar sua posição na elite. Para o Vitória, o desafio é resistir e se reinventar diante desse abismo econômico.