Restavam quatro minutos para o apito final quando Neymar, visivelmente frustrado, deixou o campo mancando e atirou as caneleiras no chão. O jogo contra o Esteghlal, pela Champions da Ásia, foi seu segundo – e último – em 2024 pelo Al Hilal. A cena foi um retrato fiel do que se tornou a carreira do craque: longos períodos de inatividade e curtas passagens pelo gramado.

Contratado pelo gigante saudita em agosto de 2023 por cifras astronômicas, Neymar fez apenas sete partidas e marcou um único gol. O alto investimento contrastou com o retorno dentro de campo, e, nesta semana, o rompimento do contrato foi oficializado. Com seu retorno ao Santos já confirmado, o atacante busca uma reabilitação tanto física quanto esportiva.

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O histórico recente do brasileiro mostra uma sequência preocupante. Desde a Copa do Mundo de 2022, ele atuou apenas 20 vezes entre PSG, Al Hilal e seleção brasileira, sempre às voltas com lesões. A mais grave, no joelho esquerdo, o afastou dos gramados por mais de um ano. No Al Hilal, mesmo após a recuperação, não foi inscrito na liga nacional e só atuava na Champions asiática.

Agora, de volta ao clube que o revelou, Neymar tenta se reerguer com um objetivo claro: recuperar espaço na seleção e disputar a Copa de 2026. O técnico Dorival Júnior já manifestou interesse em contar com o camisa 10, mas a dúvida persiste. Com um histórico de lesões que se acumula ano após ano, será que o craque ainda tem condições de ser protagonista no futebol brasileiro?