Quando Romário, o eterno ídolo da seleção brasileira, fez três perguntas para Neymar, o resultado foi um tanto quanto decepcionante para quem ainda se considera o futuro do futebol nacional. O veterano, agora senador, questionou Neymar sobre em que posição ele jogaria nas seleções brasileiras das Copas de 1970, 1994 e 2002, times que marcaram a história do futebol mundial. E as respostas do atual camisa 10 não foram nada satisfatórias.

Escolher Tostão para a vaga de 1970 é quase uma afronta, considerando a classe e inteligência de jogo do mineiro. Tostão, que fazia parte do time imbatível de 1970, jogava com um refinamento coletivo que, no máximo, Neymar poderia admirar de um banco de reservas. Para a vaga de Dunga em 1994, Neymar também cometeu um erro de cálculo. Dunga, com sua pegada e liderança, foi crucial na conquista do tetracampeonato, e, embora Neymar tenha talento, a comparação tática é equivocada. A verdadeira heresia, no entanto, veio na escolha de Rivaldo para a vaga de 2002. Rivaldo, o grande responsável pela conquista do pentacampeonato, demonstrou uma maestria nos fundamentos do jogo que Neymar, por mais talentoso que seja, ainda não atingiu.

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Se Neymar tivesse a postura de um ícone como Diego Lugano, teria, talvez, reconhecido a grandeza dos nomes que lhe foram colocados e se concentrado em prometer um esforço digno para honrar os legados de Tostão, Dunga e Rivaldo nas próximas competições. Infelizmente, ao se colocar em um patamar que ainda está distante dos grandes nomes do futebol brasileiro, Neymar se expôs de maneira desnecessária, permitindo comparações que não são nada favoráveis a ele. A realidade é dura, mas é essa: o sonho de Neymar de substituir lendas parece estar mais para uma fantasia do que para uma possível realização.