O gramado sintético voltou a ser alvo de polêmica no futebol brasileiro. Em um manifesto assinado por nomes como Neymar, Gabigol, Thiago Silva e Philippe Coutinho, os atletas se posicionaram contra o uso desse tipo de piso nos estádios do país. O texto, intitulado "Futebol é natural, não sintético!", critica a adoção dos campos artificiais e defende a melhoria dos gramados naturais em vez da substituição pelo material sintético.

A discussão não é nova, mas ganha força às vésperas do conselho técnico do Campeonato Brasileiro, que definirá detalhes para a temporada 2025. Atualmente, Palmeiras e Botafogo já utilizam grama sintética em seus estádios, enquanto o Atlético-MG finaliza a instalação na Arena MRV. O Pacaembu, reinaugurado recentemente, também aderiu ao piso artificial, sendo utilizado pela Portuguesa no Paulistão e cotado para jogos de São Paulo e Santos no Brasileirão.

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O Palmeiras, constantemente criticado pelo gramado do Allianz Parque, rebateu as alegações e citou um estudo publicado pela revista The Lancet Discovery Science, que indica uma incidência 14% menor de lesões em campos sintéticos. No entanto, os jogadores argumentam que gramados naturais bem cuidados oferecem a mesma estabilidade e segurança. Para eles, os grandes centros do futebol mundial investem na qualidade do piso, algo que deveria ser prioridade no Brasil.

Apesar da mobilização dos atletas, uma mudança imediata nas regras parece improvável. No conselho técnico do ano passado, determinou-se que times visitantes poderiam treinar nos gramados sintéticos um dia antes dos jogos, mas a medida teve pouca adesão. Agora, com a proximidade do Brasileirão, a tendência é que a polêmica continue em campo, mas sem alterações de curto prazo.