A tensão nas alamedas do Parque São Jorge alcança o seu ápice. O presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Romeu Tuma Júnior, convocou uma reunião extraordinária para a próxima quinta-feira (28), onde será votado o impeachment de Augusto Melo, atual mandatário alvinegro. Sob acusações de irregularidades em contratos de patrocínio, o presidente enfrenta a possibilidade de destituição em um processo que divide a base política do clube.

O caso ganhou notoriedade após denúncias de comissões milionárias no contrato com a VaideBet, rompido pela empresa em meio a investigações policiais. A quantia de R$ 25,2 milhões, direcionada a intermediários de campanha de Melo, levanta suspeitas que vão desde lavagem de dinheiro até o envolvimento de laranjas em empresas beneficiadas. Embora Melo defenda que o Corinthians é vítima, os conselheiros da oposição veem no episódio um símbolo de gestão questionável.

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Se a destituição for aprovada pelo Conselho Deliberativo, Melo será afastado e os sócios do clube terão a palavra final em assembleia geral, prevista para o início de 2025. Enquanto isso, grupos opositores já articulam possíveis sucessores, esquentando o clima nos bastidores do Parque São Jorge. Melo, por sua vez, demonstra indignação e acusações de golpe político, argumentando que a Comissão de Ética sugeriu a suspensão do processo até o fim das investigações.

Com um Campeonato Brasileiro em reta final e o time alvinegro sonhando com uma vaga na Libertadores, o cenário é de total instabilidade. A votação, com apuração secreta, será decisiva não apenas para o futuro do presidente, mas também para os rumos administrativos de um clube que precisa urgentemente resgatar a confiança de sua torcida e equilibrar os ânimos em meio à crise política e esportiva.