A Secretaria Estadual de Esporte do Rio de Janeiro gerou polêmica ao divulgar informações pessoais de atletas renomados, como Carlos Alcaraz e João Fonseca, através de documentos públicos ligados ao Rio Open de 2023. Passaportes, números de celular e endereços pessoais foram expostos em relatórios que estavam disponíveis na internet desde outubro de 2023. A falha administrativa foi corrigida apenas após ser notificada pela reportagem, mas gerou um debate sobre a transparência nas gestões de projetos incentivados no esporte.

A IMM Esporte e Entretenimento, produtora do evento, defende que seguiu as regras legais relacionadas à Lei de Incentivo ao Esporte e à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), mas especialistas em privacidade, como Bruno Bioni, questionam a necessidade da divulgação desses dados sensíveis. Para ele, informações como números de WhatsApp e endereços não atendem ao critério de "interesse público", estabelecido pela LGPD, e podem abrir precedentes para fraudes e crimes de identidade.

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O vazamento de dados de grandes estrelas do tênis, como o espanhol Alcaraz, gerou repercussão, principalmente devido à importância desses atletas no circuito internacional. O caso levantou uma reflexão sobre o controle e a responsabilidade no tratamento de dados pessoais dentro dos projetos de incentivo ao esporte no Brasil. Será que a transparência nas prestações de contas deve ser mantida em detrimento da privacidade dos envolvidos?

Agora, com a documentação retirada do ar, resta saber se as medidas corretivas serão suficientes para evitar novos erros e proteger a privacidade dos atletas. A história, sem dúvida, reforça a necessidade de uma revisão mais cuidadosa das normas que regem o uso de dados em eventos esportivos, principalmente quando se trata de grandes investimentos públicos e o nome de grandes campeões.