O futebol feminino canadense está no centro de um escândalo inesperado durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024. A técnica Bev Priestman e seus dois assistentes foram demitidos pela Canada Soccer e suspensos pela FIFA após uma tentativa de espionagem envolvendo um drone sobre os treinos da seleção da Nova Zelândia, adversária do Canadá na fase de grupos. A investigação revelou que os treinadores, liderados por Priestman, aprovaram e coordenaram a ação que visava capturar imagens durante os treinamentos da equipe rival.

Embora as imagens captadas pelo drone não tenham sido acessadas pelas jogadoras canadenses, o ato de espionagem foi o suficiente para causar um impacto considerável na confiança do público e na credibilidade do futebol feminino canadense. A FIFA, sempre rigorosa quanto a atos que possam manchar a integridade do esporte, decidiu suspender os três treinadores por um período de um ano, afastando-os das competições internacionais.

A busca por um novo técnico para a seleção feminina do Canadá já foi iniciada pela Canada Soccer. O incidente, que ocorreu antes do primeiro jogo contra a Nova Zelândia — vitória canadense por 2 a 1 —, adiciona um capítulo sombrio à trajetória de uma equipe que, até então, se destacava pelos seus feitos no futebol feminino, incluindo a medalha de ouro nas Olimpíadas de Tóquio 2021.

Apesar da eliminação nas quartas de final em Paris, o escândalo é um golpe doloroso para o futebol feminino canadense. A confiança no comando da seleção foi abalada, e a Federação Canadense agora enfrenta a árdua tarefa de reconstruir a reputação da equipe e lidar com as repercussões desse incidente de espionagem.