Clubes pernambucanos contestam veto a torcedores após violência
FPF e times pedem revisão de decreto que proíbe público em estádios
Em clima de urgência, a Federação Pernambucana de Futebol (FPF) e os dez clubes do Campeonato Estadual se reuniram nesta segunda-feira (3) para contestar o decreto do governo de Pernambuco que baniu torcedores dos próximos cinco jogos de Santa Cruz e Sport. A medida, tomada após os confrontos entre organizadas no sábado (1º), foi classificada como "desproporcional" e "um tiro no pé" por Evandro Carvalho, presidente da FPF, que defendeu: "Punir inocentes não resolve crime".
Com a caneta quente de quem vive o esporte há décadas, o documento enviado à governadora Raquel Lyra argumenta que a proibição penaliza milhares de trabalhadores e famílias que dependem do futebol. "É como fechar um hospital inteiro por causa de um médico negligente", disparou um dirigente anonimamente. A crítica é clara: a decisão ignora a economia local e transforma estádios em fantasmas, enquanto os verdadeiros responsáveis pela violência seguem impunes.
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Não falta ironia ao texto. A FPF lembra que, no Carnaval, o Galo da Madrugada reúne 2 milhões sem restrições, mas um jogo de futebol vira caso de segurança máxima. "Cadê a coerência?", questiona o ofício. Para os clubes, a solução está no combate direto às facções criminosas infiltradas nas torcidas, não no castigo coletivo. "Queremos policiamento, não plateia vazia", ecoou um representante do Sport.
Enquanto o governo não se pronuncia, o clima é de apreensão. Santa Cruz e Sport já preveem prejuízos milionários, e os demais times temem um precedente perigoso. Nas ruas do Recife, torcedores pedem justiça — não silêncio. Afinal, como diz o ditado nas arquibancadas: "Futebol sem voz é camisa sem coração".
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