Cartões e escanteios: como manipulação se infiltra no futebol brasileiro
Operação Sport-Fixing investiga apostas em cartões de Bruno Henrique, do Flamengo
O futebol brasileiro se vê mais uma vez no centro de um escândalo de manipulação de resultados. A Operação Sport-Fixing, deflagrada pela Polícia Federal, foca na atuação do atacante Bruno Henrique, do Flamengo, investigado por, supostamente, ter manipulado lances para beneficiar parentes e amigos em apostas. Em 2023, em um jogo contra o Santos, o jogador teria forçado um cartão amarelo seguido de expulsão, lance que agora é examinado pelas autoridades.
A manipulação em apostas não precisa afetar diretamente o placar do jogo; lances menores, como cartões e escanteios, tornam-se alvo fácil e atraente para quem busca lucrar com informações privilegiadas. As apostas nesses eventos secundários, que incluem cartões e escanteios, têm ganhado popularidade nas plataformas digitais, com retornos financeiros potencializados pela previsibilidade que atletas envolvidos podem oferecer.
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O esquema tem antecedentes no Brasil, com a conhecida Operação Penalidade Máxima, conduzida pelo Ministério Público de Goiás em 2022, que investigou atletas cooptados para manipular pênaltis, escanteios e até o resultado final. Em muitos casos, jogadores aceitaram valores expressivos para realizar ações em campo previamente combinadas com apostadores, gerando lucro certo para os envolvidos.
Para Bruno Henrique e demais investigados, a operação poderá ter desdobramentos rigorosos tanto no campo judicial quanto desportivo. O Flamengo, em nota, afirmou estar comprometido em apoiar as investigações, mas destaca que, por ora, o atleta goza de presunção de inocência até que se concluam as apurações.
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