Em comunicado oficial, o Botafogo e a CBF manifestaram-se contra a decisão do Ministério do Interior do Uruguai de impor torcida única no jogo contra o Peñarol, em Montevidéu, na próxima quarta-feira, pela semifinal da Libertadores. A medida, vista como "precedente perigoso" pela CBF, desafia o equilíbrio e a reciprocidade que embasam competições internacionais.

A CBF destacou que o regulamento da Conmebol atribui ao clube mandante, no caso, o Peñarol, a responsabilidade de garantir segurança plena para as duas torcidas. No ofício assinado por Ednaldo Rodrigues, presidente da entidade, a CBF pede que a Conmebol intervenha para manter a presença dos botafoguenses no estádio e evitar que a torcida única vire prática aceitável.

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O Botafogo, por sua vez, reforçou seu compromisso com a paz entre as torcidas e criticou o que considera falhas na organização uruguaia. Para proteger seus torcedores, o clube acionou o Itamaraty, o Ministério do Esporte e a Interpol, reiterando que o Uruguai possui plenas condições para garantir segurança em um evento esportivo dessa magnitude.

Enquanto o ministro uruguaio Nicolas Martinelli expressou receios sobre possíveis confrontos, a Conmebol ainda não se pronunciou oficialmente sobre a decisão de torcida única. Botafogo e CBF aguardam medidas rápidas da entidade para assegurar a presença e a segurança de torcedores alvinegros em Montevidéu.