A recente punição de Thiago Braz, atleta de salto com vara, por uso de ostarina, uma substância análoga à testosterona, traz à tona a prática preocupante de prescrição irresponsável de anabolizantes. Médicos têm prescrito esses hormônios para melhorar a performance física, muitas vezes sem considerar os graves riscos à saúde. A ilusão de ganhos rápidos em massa muscular e redução de gordura corporal seduz muitos, mas essa prática esconde um futuro de doenças e complicações sérias.

A prescrição indiscriminada de anabolizantes é uma prática criminosa que compromete a saúde dos pacientes. Médicos sem escrúpulos utilizam testes hormonais para justificar a administração de testosterona e similares, vendendo a falsa promessa de um acompanhamento seguro. Isso não só expõe os pacientes a riscos, mas também alicia jovens profissionais da saúde a embarcar nesse comércio perigoso. A internet está repleta de ofertas de tratamentos estéticos irresponsáveis, que incluem anabolizantes e soroterapias.

Os efeitos adversos dos anabolizantes são numerosos e graves, incluindo infarto, insuficiência cardíaca, trombose, doenças hepáticas, tumores e problemas renais. Além disso, há impactos significativos no comportamento e na aparência física, como agressividade, acne, calvície e alterações vocais. Esses riscos são muitas vezes subestimados ou ignorados tanto pelos médicos que prescrevem quanto pelos pacientes que os procuram.

Atletas, por sua vez, são responsáveis pelo uso de qualquer substância proibida, independentemente do aconselhamento recebido. A lista de substâncias banidas, disponível pela WADA e a ABCD, deve ser respeitada rigorosamente. A prática de utilizar substâncias para melhoria de performance pode resultar em severas penalidades e comprometer a carreira esportiva. A comunidade médica precisa adotar uma postura ética e priorizar a saúde dos pacientes, evitando a prescrição de anabolizantes e outros tratamentos sem comprovação científica sólida e segura.