Entenda o que quer grupo de estudantes que ocupou reitoria da UEFS
COMOB segue articulado podendo realizar outras intervenções na UEFS
A ocupação da Reitoria da Universidade Estadual de Feira de Santana por estudantes, na última segunda-feira (21) ainda apresenta vários desdobramentos. A partir dela e de sua reverberação na cidade, no estado e até no país, a reitora Amali Mussi emitiu nota onde confirma que "realmente nós estamos com falta de Professores, fizemos processos para a contratação e já foi aprovado pelo governo. Não é problema de orçamento, nós temos para contratar esses Professores, a seleção já passou por todas as fases e se encontra para ser publicada a autorização".
Mas, será que existem outras pautas reivindicadas pelo grupo de estudantes, que se organiza em torno do Comando Organizado de Mobilização (COMOB)? Após conversa com Camila de Freitas (estudante de Psicologia e integrante do COMOB) , João Câncio (estudante de História) e Marcos Henrique (Estudante de Letras) está evidente que o problema vai além daquele que é considerado o mais grave , que é a falta de Professores.
Movimento
É importante notabilizar que este é um movimento que agrega estudantes de cursos como Psicologia, História, Farmácia, Filosofia, Geografia, Química, Letras, Física e Medicina da UEFS.
Inicialmente, com as lideranças dos Diretórios Acadêmicos e, a seguir, com o ajuntamento dos demais sujeitos que hoje integram o COMOB. Da assembleia geral do curso de Psicologia, realizada no último dia 16, surge a deliberação pela formação do comando organizado e, consequentemente, as articulações que desembocariam na ocupação da reitoria dias depois.
Um dado relevante é que além da falta de Professores, que ocasionam a não oferta de componentes curriculares e, comprometem o desenvolvimento e a formação da comunidade acadêmica, fica evidente que o COMOB mantém alerta sobre outros problemas que afetam a vida social, a exemplo dos estágios obrigatórios que oferecem à sociedade um retorno imediato sobre o conhecimento elaborado na Universidade. Discute-se também a sobrecarga profissional de Professora(e)s que têm atuado para tentar reduzir as perdas e danos trazidos por esses problemas.
"É um cenário completamente diferente daquele falsamente elaborado sobre a "balburdia" e a falta de compromisso nas instituições públicas de ensino superior brasileiras. O que se pode notar é que esse movimento além de requerer o que é constitucionalmente assegurado, acesso à Educação, está também interessado em ampliar suas análises pra pensar os desdobramentos desses problemas extra campus" , disse o estudante Marcos Henrique .
E continuou , "enquanto a reitora afirma em nota oficial que não é falta de dinheiro para contratação e, que a convocação de profissionais já aprovados em concurso aguarda publicação do Estado, o que diz o Estado? O que espera o atual governador para realizar o necessário? Estamos querendo saber: a comunidade universitária diretamente atingida pelos vários problemas que afetam as Universidades públicas estaduais, bem como, toda a sociedade que mantém os serviços públicos à base dos impostos que paga diariamente" , finalizou .
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