Irmãs gêmeas de Feira de Santana desenvolvem minimáquina de lavar portátil
O projeto é desenvolvido no âmbito do Programa Ciência na Escola
Cerca de 10 mil bactérias e fungos podem ser encontradas nas peças íntimas de homens e mulheres que são lavadas durante o banho. Os dados, coletados pela Faculdade Devry Metrocamp, de Campinas, em São Paulo, constatou que a lavagem inadequada desses itens pode provocar futuras infecções. Pensando em melhorar a higiene de milhares de mulheres pelo Brasil afora, as estudantes e irmãs gêmeas, Laura e Sônia Nogueira, do ensino técnico do Centro de Educação Profissional Áureo de Oliveira Filho, na cidade de Feira de Santana, sob orientação dos professores Evaldo Moraes e Anália Emília Ferreira, construíram uma Minimáquina Robótica Portátil e Prática para lavagem de roupas íntimas.
O projeto de pesquisa das meninas se resume a um objeto que pode ser utilizado dentro do banheiro sem o risco de contaminação por bactérias por conta de uma vedação que impede que a sujeira externa entre no recipiente. A máquina tem capacidade para lavar calcinhas, cuecas, sutiãs e qualquer outra peça íntima que caiba na ferramenta inovadora que, além de evitar a lavagem incorreta dessas peças, também evitará o mau aproveitamento do tempo e economizará água.
De acordo com Sônia, algumas máquinas portáteis podem ser encontradas no comércio, mas o diferencial do equipamento criado por elas é que essa é dedicada apenas para roupas íntimas.
"Tivemos o cuidado de criar uma máquina para solucionar as problemáticas de infecções causadas por causa dessas contaminações que acabamos nem percebendo no dia a dia. A pandemia nos impediu de melhorar algumas funções da máquina, já que alguns laboratórios estão fechados para testes. Porém, estamos em busca dessas melhorias para poder enfim colocar no mercado. A metodologia e o protótipo já temos. Falta agora apenas aprimorar", afirmou a jovem.
Um dos orientadores das irmãs, o professor Evaldo Morais, contou que as alunas inicialmente só tinham o conhecimento da robótica, mas com a ajuda de estudos mais aprofundados conseguiram chegar ao projeto final. "Utilizamos métodos de tentativa e erro até chegarmos onde queríamos. A aluna Laura foi responsável por toda a programação e vetorização do protótipo. Já a aluna Sônia foi responsável pela montagem e soldagem do encaixe e ligação eletrônica. Tivemos algumas dificuldades até achar um motor adequado, blindagem, fazer com que o equipamento fosse a prova d'água, etc. No final, conseguimos juntos garantir a inovação do projeto e um protótipo que em breve poderá ser comercializado".
O projeto, que é desenvolvido no âmbito do Programa Ciência na Escola, da Secretaria de Educação, ficou em terceiro lugar, na categoria Ciências Exatas e Engenharia, na 9ª Feira de Ciência, Empreendedorismo e Inovação da Bahia (Feciba). Feliz com o reconhecimento, as aulas projetam os próximos passos. "Conseguindo concluir todos os testes, já poderíamos patentear a máquina e começar a comercializar. A ideia é que ela possa ser usada e levada para todos os lugares de uma maneira prática e higiênica. Imagina uma pessoa que viaja sempre, poder lavar suas peças íntimas quando e onde quiser? Vamos trabalhar para isso virar realidade", vislumbrou Sônia.
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