Escritora destaca importância da educação antirracista e feminista em evento para professores

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Escritora destaca importância da educação antirracista e feminista em evento para professores

A programação fez parte da Jornada de Lutas da entidade, que teve início na quinta-feira (13). 

Foto: Amauri Jr./ FE

Feira de Santana Notícias 24h - A Associação dos Professores Licenciados do Brasil (APLB), sindicato que representa os trabalhadores da educação, em Feira de Santana, realizou na manhã desta sexta-feira (13) uma mesa redonda com o tema "Educação insurgente: enfrentando as desigualdades e promovendo a diversidade". A programação fez parte da Jornada de Lutas da entidade, que teve início na quinta-feira (13) e se encerra hoje.

A palestrante convidada foi a escritora Carla Akotirene, doutora em Estudos Feministas pela Universidade Federal da Bahia, consultora em políticas públicas e autora de livros sobre interseccionalidade, racismo e sexismo.

Em entrevista ao Folha do Estado, ela abordou sobre a importância da luta e educação antirracista.

Foto: Amauri Jr./ FE

"Eu acredito que com a minha filiação teórica ao pensamento feminista negro, especial de Bell Hooks, que foi uma cria de Paulo Freire, a gente aprimora a luta antirracista. O racismo existe na presença de outros marcadores de desigualdades, então eu vim de interseccionalidade e vim exatamente mostrar que o professor antirracista é também anticapitalista, antipatriarcal, não é homofóbico, não é capacitista, e fazer um front contra tudo que faça desmerecimento a nossas presenças na sala de aula, porque a opressão tira de nós a vontade de cumprir nosso destino espiritual."

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Ela agradeceu o convite feito pela APLB para falar à categoria. "Eu agradeço imensamente ao sindicato por estar comprometido com a superação das desigualdades de classe, entendendo que a gente vive a classe no corpo de mulher, de negro, da pessoa com deficiência, do idoso e perpassa pelo repertório e filiação teórica."

Segundo a diretora da APLB, Marlede Oliveira, o evento faz parte do calendário de lutas da categoria.

"Nós aprovamos, como sempre fazemos nas assembleias da categoria, que este ano mais uma vez faríamos algumas atividades no início do ano letivo, como sempre fazemos, de recepção dos trabalhadores, e aprovamos uma jornada de lutas durante dois dias. Ontem fizemos a abertura do evento com uma palestra sobre os desafios que os sindicatos estão enfrentando neste momento. E hoje tivemos a palestra com a professora Akotirene, sobre a questão do racismo, em um país que tem uma grande quantidade de negros, mas não ocupam espaços na sociedade. E também temos a assembleia para discutir os rumos do nosso movimento", afirmou. 

 

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