Pagamentos com cartões de crédito crescem 42% em 2022

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Pagamentos com cartões de crédito crescem 42% em 2022

Aumento está relacionado à expansão do comércio online

Crédito: Divulgação

Os pagamentos com cartões de crédito cresceram 42,4% no primeiro trimestre do ano, em comparação com o período de janeiro a março de 2021, segundo balanço divulgado nesta terça-feira,10, pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). De acordo com a associação, foram movimentados R$ 478,5 bilhões em pagamentos com cartões de crédito nos três primeiros meses do ano.

Os cartões de débito foram responsáveis por R$ 235,4 bilhões em pagamentos no primeiro trimestre, um aumento de 15,2% em relação ao mesmo período do ano passado. As transações com cartões pré-pagos somaram R$ 44,6 bilhões de janeiro a março, alta de 148,4% em comparação com o primeiro trimestre de 2021.

O crescimento das transações de cartões de crédito está relacionado, segundo a Abecs, à expansão do comércio online e também a controle da disseminação da covid-19 no país. "A própria [variante] Ômicron, quando teve uma melhora a partir de fevereiro, os números passaram a acompanhar o que seria uma normalidade da vida urbana", ressaltou o presidente da associação, Rogério Panca.

As compras pela internet tiveram alta de 35,2% de janeiro a março em relação ao primeiro trimestre de 2021, totalizando R$ 162,4 bilhões. Desse montante, R$157,9 bilhões foram movimentados com cartão de crédito, alta de 35,4%.

Panca destacou ainda que o percentual de crescimento é muito alto devido a base baixa de comparação que foi o início de 2021, quando a quarentena contra a pandemia de covid-19 provocava diversas restrições à atividade econômica.

A inadimplência dos usuários de cartão de crédito vem crescendo nos últimos meses e chegou a 5,8% em fevereiro. Segundo Panca, o cenário econômico adverso está prejudicando a capacidade das famílias de manterem os pagamentos em dia. "Desemprego elevado, inflação alta, taxa de juros elevada, isso tudo acaba provocando uma corrosão da renda das famílias", enumerou sobre as razões do aumento do percentual de pessoas com pagamentos em atraso.

Ele ponderou, no entanto, que o patamar ainda está abaixo dos picos da série histórica de inadimplência no país. 

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