Inflação da indústria fica em 1,94% em abril, diz IBGE
No acumulado do ano, o indicador atingiu 6,94%
Os preços no setor industrial em abril de 2022 tiveram alta de 1,94% em relação a março. Na passagem de fevereiro para março, a variação havia sido de 3,12%. No índice que registra o acumulado nos últimos 12 meses, a taxa foi de 18%. No acumulado do ano, o indicador atingiu 6,94%.
A indústria extrativa é o destaque com a maior variação,-11,54%, e a segunda maior influência: -0,70 p.p. Os dados são do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado nesta quinta-feira (2) pelo IBGE.
"O resultado de março havia sido alto (3,12%, o maior desde março de 2021, 4,63%); o índice de abril é mais baixo, porém é o segundo maior do ano e, desconsiderando este resultado do mês anterior, só é menor do que o de outubro de 2021 (2,26%). A queda dos preços das indústrias extrativas foi fundamental para a desaceleração ocorrida em abril vis-à-vis a março. Vale observar que tanto o óleo bruto de petróleo, quanto o minério de ferro, os dois produtos de maior peso no setor, tiveram variação negativa, explicada devido às oscilações dos preços internacionais e à apreciação do real. A indústria de transformação, por sua vez, teve aumento de preços: em março havia sido 2,66% e em abril, 2,81%", diz o gerente de análise e metodologia, Alexandre Brandão.
O IPP mede a variação dos preços de produtos na "porta da fábrica", isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação. Dessas, 18 apresentaram alta em abril.
Os quatro setores com maiores variações, em termos absolutos, foram: indústrias extrativas (-11,54%); refino de petróleo e biocombustíveis (6,57%); farmacêutica (6,51%); e metalurgia (6,00%). As maiores influências ocorrem em: refino de petróleo e biocombustíveis (0,80 ponto percentual); indústrias extrativas (- 0,70 p.p.), outros produtos químicos (0,45 p.p.) e alimentos (0,44 p.p.).
"Olhando a variação dos preços pela perspectiva das grandes categorias econômicas, os preços de bens intermediários - que representa a maior parte da indústria brasileira -, cresceram menos em abril (1,81%) do que em março (3,70%) Nesse caso também influenciado pela queda dos preços no óleo bruto de petróleo e no minério de ferro, além do resíduo da extração de soja, que foi o único produto destacado em alimentos com variação negativa, devido ao final da safra e à apreciação do câmbio", analisa Brandão.
Por outro lado, nos bens de consumo verificou-se uma aceleração na variação dos preços, de 2,88% em março, para 3,37% em abril. "Os bens de consumo duráveis foram influenciados pela variação positiva dos automóveis, que tem um peso grande no segmento. Já os bens de consumo não duráveis foram afetados pela variação dos preços da gasolina e dos alimentos, especialmente leite e derivados - devido a aumento de custos e problemas na captação nas bacias leiteiras-, além do açúcar e a carne. No caso destes últimos produtos, apesar da apreciação do câmbio estar pressionando os preços das commodities para baixo, os preços internacionais subiram. E, por fim, ainda em bens de consumo não duráveis, os produtos farmacêuticos, que têm preços controlados, tiveram reajuste de preços em abril", completa Brandão.
No caso do refino, tem-se observado a elevação dos preços para acompanhar o mercado internacional. O setor teve a quarta variação positiva consecutiva, 6,57%. O acumulado no ano chegou a 22,80% e o acumulado em 12 meses a 52,14%. O setor foi destaque por ter a segunda maior variação no indicador mensal, a primeira no acumulado no ano e no acumulado em 12 meses e por ser a maior influência nos três indicadores.
A indústria extrativa é o destaque com a maior variação,-11,54%, e a segunda maior influência: -0,70 p.p. Os dados são do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado nesta quinta-feira (2) pelo IBGE.
"O resultado de março havia sido alto (3,12%, o maior desde março de 2021, 4,63%); o índice de abril é mais baixo, porém é o segundo maior do ano e, desconsiderando este resultado do mês anterior, só é menor do que o de outubro de 2021 (2,26%). A queda dos preços das indústrias extrativas foi fundamental para a desaceleração ocorrida em abril vis-à-vis a março. Vale observar que tanto o óleo bruto de petróleo, quanto o minério de ferro, os dois produtos de maior peso no setor, tiveram variação negativa, explicada devido às oscilações dos preços internacionais e à apreciação do real. A indústria de transformação, por sua vez, teve aumento de preços: em março havia sido 2,66% e em abril, 2,81%", diz o gerente de análise e metodologia, Alexandre Brandão.
O IPP mede a variação dos preços de produtos na "porta da fábrica", isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação. Dessas, 18 apresentaram alta em abril.
Os quatro setores com maiores variações, em termos absolutos, foram: indústrias extrativas (-11,54%); refino de petróleo e biocombustíveis (6,57%); farmacêutica (6,51%); e metalurgia (6,00%). As maiores influências ocorrem em: refino de petróleo e biocombustíveis (0,80 ponto percentual); indústrias extrativas (- 0,70 p.p.), outros produtos químicos (0,45 p.p.) e alimentos (0,44 p.p.).
"Olhando a variação dos preços pela perspectiva das grandes categorias econômicas, os preços de bens intermediários - que representa a maior parte da indústria brasileira -, cresceram menos em abril (1,81%) do que em março (3,70%) Nesse caso também influenciado pela queda dos preços no óleo bruto de petróleo e no minério de ferro, além do resíduo da extração de soja, que foi o único produto destacado em alimentos com variação negativa, devido ao final da safra e à apreciação do câmbio", analisa Brandão.
Por outro lado, nos bens de consumo verificou-se uma aceleração na variação dos preços, de 2,88% em março, para 3,37% em abril. "Os bens de consumo duráveis foram influenciados pela variação positiva dos automóveis, que tem um peso grande no segmento. Já os bens de consumo não duráveis foram afetados pela variação dos preços da gasolina e dos alimentos, especialmente leite e derivados - devido a aumento de custos e problemas na captação nas bacias leiteiras-, além do açúcar e a carne. No caso destes últimos produtos, apesar da apreciação do câmbio estar pressionando os preços das commodities para baixo, os preços internacionais subiram. E, por fim, ainda em bens de consumo não duráveis, os produtos farmacêuticos, que têm preços controlados, tiveram reajuste de preços em abril", completa Brandão.
No caso do refino, tem-se observado a elevação dos preços para acompanhar o mercado internacional. O setor teve a quarta variação positiva consecutiva, 6,57%. O acumulado no ano chegou a 22,80% e o acumulado em 12 meses a 52,14%. O setor foi destaque por ter a segunda maior variação no indicador mensal, a primeira no acumulado no ano e no acumulado em 12 meses e por ser a maior influência nos três indicadores.
Em relação ao segmento de outros produtos químicos, há o impacto da oscilação internacional nos preços do adubo, produto de maior influência no setor. "Os outros dois produtos também são utilizados na agricultura e, devido à turbulência internacional, os produtores têm antecipado as compras para formarem estoques e se precaverem de um problema maior para a próxima safra", explica o gerente do IPP.
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