Diretor-geral da PRF vira réu por improbidade administrativa
MPF também pediu o afastamento de Silvinei Vasques do cargo
O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques se tornou réu por improbidade administrativa após o juiz José Arthur Diniz Borges, da 8ª Vara Federal do Rio de Janeiro, aceitar uma ação movida pelo Ministério Público Federal. A decisão é do dia 18 de novembro.
O pedido do MPF foi apresentado no último dia 15. O órgão argumentou que Silvinei Vasques fez uso indevido do cargo ao, por exemplo, ter pedido votos para o presidente Jair Bolsonaro (PL), que disputou a reeleição e foi derrotado por Lula (PT).
O Ministério Público também pediu o afastamento de Silvinei Vasques do cargo de diretor-geral da PRF. No entanto, o o juiz entendeu que, como Silvinei está de férias até o dia 6 de dezembro, quer ouvi-lo antes de tomar uma decisão.
"Tendo em vista que o Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal encontra-se com afastamento legalmente instituído para usufruto de férias no período de 16/11/2022 a 06/12/2022 nos termos de informação prestado a este Juízo pela Direção de Gestão de Pessoas da Polícia Rodoviária Federal, postergo a apreciação da cautelar requerida para após a vinda da contestação", escreveu o juiz.
A Justiça deu prazo de 30 dias para que a defesa de Silvinei se manifeste sobre o pedido do MPF para afastá-lo. De acordo com a GloboNews, o MPF deve recorrer da decisão do juiz, pedindo um prazo menor para Silvinei se manifestar.
Na ação de improbidade administrativa, o MPF lista episódios entre agosto e outubro, durante a campanha eleitoral. Segundo a entidade, Vasques pediu votos irregularmente nesse período para o presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado no segundo turno das eleições para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Além disso, o MPF cogita que a conduta de Silvinei possa ter interferido na atuação da PRF durante os bloqueios golpistas nas rodovias federais. No dia 11 de novembro, o MPF pediu que a PF colha o depoimento da cúpula da PRF sobre a atuação no segundo turno das eleições.
A conduta de Silvinei durante as eleições também é alvo de investigação em inquérito da PF (Polícia Federal), que apura a blitz da PRF.
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