Roberta dos Santos, filha afetiva de Flordelis e Anderson do Carmo, afirmou, em depoimento nesta quinta-feira (10), quarto dia de julgamento, que tem certeza que a ex-deputada mandou matar o marido.

Segundo Roberta, Flordelis tinha postura maioral em casa e, caso a maioria quisesse matar Anderson, mas ela pensasse o contrário, o pastor estaria vivo até hoje.

"Com certeza ela mandou matar o pastor. O Niel (Anderson) estaria vivo hoje com toda a certeza, se ela quisesse que ele estivesse vivo. Se 99% quisesse ele morto e ela não, ele ia estar vivo hoje. Niel só foi assassinado porque ela permitiu", afirmou.

Roberta disse que soube do assassinato por volta das 6h do dia seguinte e que já sabia que Flordelis tinha sido a responsável. Ela relatou ainda que quando encontrou a pastora, ela demonstrava estar aliviada. "Fisionomia de completo alívio", disse.

Segundo ela, os membros da família estavam insatisfeitos com o pastor por ele ordenar que todos trabalhassem. Roberta pontuou, entretanto, que a vontade de Flordelis foi determinante para o assassinato.

Roberta disse que não sabe como teve coragem de ir depor nem de onde tirou forças, pois "dói na alma". Ela afirmou que estava perto de pessoas com quem cresceu ao lado e dói ver o ponto que a situação chegou.

"Eu não vim aqui para aparecer, para ver a desgraça deles. Me dói muito, eu não estou nem um pouco feliz. Eles não deixaram de ser minha família, se eu conseguisse deixar de ter esse amor, não me doeria tanto", contou.

Flordelis é acusada de ser a mandante do assassinato do marido, Anderson do Carmo, e poderá responder por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada.