Cerca de 33 milhões de brasileiros passam fome no Brasil, segundo pesquisa
Índices se assemelham aos registrados no início dos anos 1990
O número de pessoas que passam fome no Brasil disparou para 33 milhões. Em pouco mais de um ano, cerca de 14 milhões de brasileiros entraram para o mapa da fome. Os dados são de uma levantamento realizado pelo instituto Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan).
Os números são semelhantes aos registrados no início dos anos 1990. A Rede Penssan considera o quadro atual "ainda mais perverso" por conta da piora no cenário econômico, do acirramento das desigualdades sociais e do segundo ano de pandemia da covid-19.
Ainda de acordo com o levantamento, 58,7% da população brasileira convive com algum grau de insegurança alimentar. Seis em cada dez lares brasileiros variam em uma escala entre os que passam fome e os que permanecem preocupados com a possibilidade de não conseguir alimentos. No total, são 125,2 milhões de brasileiros com insegurança alimentar, o que significa um aumento de 7,2% em relação a 2020 e de 60% em comparação com 2018.
"A pandemia surge neste contexto de aumento da pobreza e da miséria, e traz ainda mais desamparo e sofrimento. Os caminhos escolhidos para a política econômica e a gestão inconsequente da pandemia só poderiam levar ao aumento ainda mais escandaloso da desigualdade social e da fome no nosso país", explicou a médica epidemiologista e pesquisadora da Rede Penssan, Ana Maria Segall.
Ainda de acordo com o levantamento, 58,7% da população brasileira convive com algum grau de insegurança alimentar. Seis em cada dez lares brasileiros variam em uma escala entre os que passam fome e os que permanecem preocupados com a possibilidade de não conseguir alimentos. No total, são 125,2 milhões de brasileiros com insegurança alimentar, o que significa um aumento de 7,2% em relação a 2020 e de 60% em comparação com 2018.
"A pandemia surge neste contexto de aumento da pobreza e da miséria, e traz ainda mais desamparo e sofrimento. Os caminhos escolhidos para a política econômica e a gestão inconsequente da pandemia só poderiam levar ao aumento ainda mais escandaloso da desigualdade social e da fome no nosso país", explicou a médica epidemiologista e pesquisadora da Rede Penssan, Ana Maria Segall.
Os dados foram coletados entre novembro de 2021 e abril de 2022, com entrevistas em 12.745 residências em áreas urbanas e rurais de 577 municípios de todo o país.
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