Um traficante, procurado por envolvimento na morte de um policial militar da ROTA de São Paulo, morreu na manhã desta terça-feira (4), em Feira de Santana, após uma troca de tiros com equipes da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) e das Polícias Civil, Militar e Federal.

O traficante é acusado de participar da morte do cabo Jefferson Ferreira, que foi atropelado por traficantes em junho de 2020, na Zona Leste da capital paulista. Ele estava escondido em Feira de Santana, utilizando uma identidade falsa e hospedado em um hotel de luxo da cidade há cerca de 30 dias.

Segundo a polícia, após investigações e compartilhamento de informações da Operação Rota Contida, que tem como objetivo desmontar a conexão entre traficantes da Bahia e de SP, o criminoso foi encontrado e durante o cumprimento do mandado de prisão deflagrou tiros contra os policiais.

A polícia informou que, durante o confronto, houve o revide, e o traficante paulista foi atingido e socorrido para o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), mas não resistiu aos ferimentos.

Com ele foram apreendidos uma pistola calibre 380, carregador, munições, veículo, entre outros itens.

As ações de inteligência duraram cerca de cinco meses e foram realizadas pela FICCO e 1a Coorpin da PC. A PM e PC de SP deram apoio com informações.

"As equipes continuam na rua cumprindo ordens judiciais. Nossa atuação contra facções continuará firme e integrada em toda a Bahia", declarou o coordenador da FICCO, delegado federal Eduardo Badaró.

Vida de luxo

O traficante paulista Jefferson Veríssimo da Silva, mais conhecido pelo apelido de "Arrepiado", se instalou em Feira de Santana com uso de documentos falsos, que foram localizados após o confronto.

As investigações mostraram que Arrepiado morava em um hotel de luxo e ostentava carro e relógios importados na segunda maior cidade da Bahia. O criminoso buscava ainda fornecer drogas, armas e munições para estados do Nordeste.