Justiça nega pedido de liberdade para motorista por aplicativo preso em Feira de Santana
Pedido foi feito pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) em abril deste ano
A Justiça negou nesta quarta-feira (8) o pedido de liberdade para o motorista Jefferson Bento Santana, que foi preso em 26 de setembro de 2021, suspeito de participar de oito assaltos.
O pedido foi feito pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) em abril deste ano. Os advogados de Jefferson Bento Santana informaram que a juíza justificou que ainda falta duas diligências e só vai apreciar o pedido de revogação do MP-BA após o final das duas pendências.
No dia 31 de maio, a defesa de Jefferson Bento Santana informou que a perícia feita no celular dele, não apresentou ligação com os outros dois suspeitos de cometerem os crimes.
De acordo com a defesa de Jefferson Santana, o laudo da perícia do veículo do motorista concluiu que o carro não tinha irregularidades. A Polícia Civil não confirmou as informações.
Conforme os advogados, a defesa entrará com um pedido de habeas corpus para o motorista.
A luta da família do motorista é para provar a inocência dele. Jefferson está detido no Conjunto Penal em Feira de Santana . Em abril deste ano, a família dele disse que a prisão é injusta, porque ele estava fazendo uma corrida, quando foi obrigado, por dois homens, a dirigir enquanto a dupla fazia os assaltos.
Segundo a defesa, a Justiça não deu um parecer na segunda audiência sobre a revogação da prisão no dia 5 de maio , por causa da falta desses dois laudos periciais. Com os laudos, a defesa anexou aos autos do processo e enviou para o Ministério Público da Bahia (MP-BA) com o pedido de revogação da prisão.
Com isso, o MP-BA informou que enviou o parecer favorável à revogação da prisão , que foi negado nesta quarta.
Jefferson tem 26 anos e trabalhava como técnico em refrigeração em um hospital. Ele fazia corridas nas horas vagas, para complementar a renda.
No dia do crime, ele já havia encerrado o expediente e aceitou uma corrida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Queimadinha, com destino a UPA da Mangabeira.
Em depoimento à polícia, Jefferson contou que os passageiros anunciaram o assalto ao entrarem no veículo e o obrigaram a seguir o trajeto da corrida. No caminho, oito pessoas teriam sido assaltadas e o carro do trabalhador foi filmado por câmeras na cidade.
Após um dos crimes, Jefferson se jogou do carro em movimento e o veículo seguiu desgovernado até bater em um poste. Ele e os outros dois suspeitos foram presos em flagrante após as vítimas prestarem queixa à polícia.
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