Caso Pix: produtores do Balanço Geral começam prestar depoimento
Um jornalista também foi intimado na emissora para depor
A polêmica sobre o golpe do Pix na Record Tv Itapoan ganhou um novo capítulo. Um jornalista e dois produtores que atuam no Balanço Geral foram intimados na própria emissora e começaram a prestar depoimento sobre o caso.
Por pedido policial, a identidade dos envolvidos ainda não pode ser divulgada, entre outros motivos, para não intervir nas investigações. Nesta semana, a Polícia Civil recolheu celulares de familiares de uma das vítimas do esquema para serem periciados.
Três profissionais da emissora desviaram cerca de R$ 800 mil que havia sido doado para uma criança que tratava um câncer. O caso foi descoberto pelo apresentador do programa, Zé Eduardo, após ser alertado pelo empresário do jogador Anderson Talisca, ex-Bahia, que doou R$ 70 mil.
"O mundo desabou na minha cabeça. Foi exatamente o que eu senti. Porque eu que descobri a situação, através do empresário do Talisca. E na hora ele me explicou, eu dizia: 'não é possível, não são essas pessoas'. Fiquei três dias sem dormir, tentando acreditar que aquilo era um pesadelo, que era uma mentira", disse Zé em entrevista ao podcast BahiaCast.
A própria Record promoveu uma investigação interna sobre o episódio e formalizou o pedido de investigação a autoridades competentes. O caso é investigado pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Estelionato por Meio Eletrônico.
Segundo trechos das investigações, contendo depoimentos das vítimas, o repórter Marcelo Castro e o editor Jamerson Oliveira foram citados nas oitivas. Uma das vítimas declarou que sua esposa entrou em contato com a dupla para solicitar uma matéria para arrecadar um valor para o tratamento do filho caçula do casal.
Segundo o depoimento, Marcelo Castro sugeriu um número de PIX desconhecido para a doação e, após ser questionado pela família sobre o motivo, teria explicado que seria para "facilitar no controle das doações realizadas".
Quando o caso veio à tona, Castro estava de férias e em viagem à Dubai. Segundo a legislação atual, ele só pode ser demitido por justa causa quando retornar das férias, o que está previsto para acontecer no dia 1º de abril.
Até o momento, Jamerson e Marcelo não se pronunciaram sobre o depoimento. O advogado do repórter alega que seu cliente não tem qualquer envolvimento com o caso e nunca teve acesso à conta para onde as doações foram feitas.
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