Prefeitura de Feira deve mais de R$ 850 mil à Policlínica Regional, diz Sesab
De acordo com a Sesab, em 2024, a situação atingiu níveis alarmantes.
"A consequência direta dessa inadimplência é uma pressão financeira sobre os demais municípios consorciados, que se veem obrigados a cobrir os custos operacionais da unidade. Esses custos incluem o pagamento de salários de médicos, enfermeiros e técnicos, além da manutenção essencial dos equipamentos médicos", avalia o coordenador dos Consórcios Estaduais de Saúde, Marcos Pereira, ao apontar que o Governo do Estado já arca com 50% do custeio e os municípios rateiam o restante, proporcional a população.
A unidade já realizou mais de 445 mil atendimentos entre consultas e exames e apesar da omissão da Prefeitura de Feira de Santana, os cidadãos feirenses continuam a utilizar os serviços sem qualquer restrição, uma prova da importância vital dessa unidade para a região.
Conforme o órgão estadual, no ano passado, a dívida da prefeitura com o consórcio chegou a ultrapassar R$ 1,6 milhão, uma situação que resultou em graves consequências. A manutenção corretiva e preventiva dos equipamentos foi atrasada, colocando em risco a continuidade dos serviços. Um exemplo emblemático foi a substituição de um tubo de tomografia computadorizada, cujo custo superava R$ 500 mil. A restrição orçamentária provocada pela inadimplência da prefeitura causou um atraso significativo na substituição do equipamento.
"A falta de pagamento por parte da Prefeitura de Feira de Santana não pode ser vista como um problema isolado; ela reflete uma gestão descomprometida com a saúde pública e com o bem-estar de sua população", avalia o médico e superintendente da rede estadual, Karlos Figueiredo.
Em nota a Prefeitura de Feira afirmou que 'o Governo do Estado e o Consórcio Público Interfederativo de Saúde da Região de Feira de Santana devem à Prefeitura de Feira de Santana'.
"A Policlínica Regional de Saúde, gerida pelo consórcio e administrada pelo governo estadual, deve à Prefeitura de Feira de Santana *mais de um milhão de reais* — precisamente *R$ 1.010.908,00* — referente aos meses de fevereiro a junho de 2024. É lamentável que, em vez de honrar seus compromissos, o governo estadual e o consórcio distorçam os fatos e usem a saúde pública como ferramenta de manipulação política em pleno ano eleitoral. Feira de Santana não vai tolerar essa politicagem barata com a saúde do nosso povo", informou a nota.
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