Morte de professor por meningite bacteriana acende alerta na Bahia
O Metro1 conversou com um infectologista para entender os riscos da meningite bacteriana, formas de prevenção e os cuidados
A confirmação da morte do professor Davidson Souza Brito, de 33 anos, por meningite bacteriana em Biritinga, no interior da Bahia, causou comoção e também preocupação entre moradores da região. Segundo a prefeitura, Davidson passou mal na última quarta-feira (2), foi levado a uma unidade de saúde e, infelizmente, não resistiu. Ele lecionava no povoado da Vila, zona rural do município.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que familiares e pessoas próximas ao professor receberam quimioprofilaxia — um tratamento com antibióticos usado em situações de risco para evitar que outras pessoas desenvolvam a doença. A prefeitura de Biritinga divulgou uma nota oficial afirmando que todas as medidas de vigilância e prevenção estão sendo seguidas. Também reforçou a importância de procurar atendimento médico diante de qualquer sinal suspeito.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Brasil já contabilizou 14.352 casos suspeitos de meningite em 2024, com 974 mortes confirmadas. Na Bahia, foram 131 casos da forma bacteriana, com 26 óbitos. O infectologista Marcos Silva explicou sobre a infecção.
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"É uma infecção que atinge a parte do corpo que protege o cérebro, chamada de meninges. Quando essa proteção inflama por causa de uma bactéria, o corpo responde de forma intensa e a situação pode ficar grave muito rápido. Por isso, a atenção aos sinais é tão importante", explica o médico.
Sintomas e transmissão
Os sinais aparecem de forma repentina. "Geralmente começa com febre alta, dor de cabeça muito forte, mal-estar, e a pessoa pode sentir o pescoço travado, com dificuldade para encostar o queixo no peito. Em alguns casos, a pessoa fica sonolenta ou confusa. É uma doença que evolui rápido, então não dá pra esperar muito pra procurar atendimento", alerta o infectologista.
"Ela se transmite pelo contato próximo. Saliva, beijo, espirro, tosse, copo compartilhado, coisas que fazem parte do nosso dia a dia. Por isso, quando alguém é diagnosticado, é comum que as pessoas próximas recebam antibiótico como forma de prevenção."
Quem mora com a pessoa doente, teve contato direto com saliva ou secreção (como em beijos, por exemplo), compartilhou talheres, copos, ou esteve exposto durante procedimentos médicos. Nessas situações, o ideal é procurar um posto de saúde o quanto antes para receber orientação, alertou o médico.
Fonte: Metro1
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