Fundação Hospitalar capacita profissionais de saúde sobre acolhimento à população trans

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Fundação Hospitalar capacita profissionais de saúde sobre acolhimento à população trans

O objetivo é garantir um atendimento humanizado e combater a discriminação 

Foto: Divulgação
Nesta semana, os profissionais de saúde do Hospital Inácia Pinto dos Santos, o Hospital da Mulher, participaram de uma capacitação sobre os conceitos de gênero e diversidade, com foco na garantia de cuidado e acolhimento da população LGBTQIAPN+ no acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS). A iniciativa busca assegurar um atendimento mais inclusivo e qualificado para as pessoas trans, reconhecendo o acesso à saúde como um direito fundamental.

A Fundação Hospitalar tem promovido uma série de capacitações voltadas aos profissionais de saúde, especialmente aqueles que atuam nos setores assistenciais da emergência do HIPS (Hospital Inácia Pinto dos Santos). O objetivo é garantir um atendimento humanizado e combater a discriminação, ampliando o acesso da população LGBTQIAPN+ aos serviços de saúde integral.

De acordo com Gilberte Lucas, diretora-presidente da Fundação Hospitalar, o principal intuito da capacitação é melhorar o acolhimento humanizado e combater atitudes discriminatórias. "A inclusão dessa população na política de saúde reforça a necessidade de mais investimentos para ampliar esses serviços, além de estimular, valorizar e capacitar os trabalhadores da saúde", afirmou Gilberte.

O palestrante da capacitação, Fábio Ribeiro, diretor do Centro de Promoção e Defesa dos Direitos LGBT, abordou as diversas formas de expressão das orientações sexuais e os direitos específicos dessa população. Entre os direitos destacados, estão o direito ao uso do nome escolhido, à constituição de família e ao uso de locais como banheiros e enfermarias conforme a identidade de gênero. "A formação continuada e as capacitações são instrumentos essenciais para romper preconceitos e estimular a reflexão. O alto índice de mortalidade da população trans e travesti revela que outros direitos foram negados antes que a violência mais brutal se concretizasse, como a violação do direito à saúde", afirmou Fábio Ribeiro, ressaltando também a importância de garantir o respeito ao nome e ao pronome preferido, evitando discriminação e constrangimento.

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A assistente social do Hospital da Mulher, Laiane Nunes Reis Galvão, destacou a relevância da capacitação para a ampliação da compreensão sobre as identidades de gênero, especialmente entre pessoas cisgêneras – aquelas que se identificam com o gênero designado ao nascimento. "Estou aqui para me aprimorar e continuar adquirindo conhecimento sobre essas temáticas. A Fundação Hospitalar está implementando cada vez mais a formação continuada no setor de serviço social, e estou contribuindo nesse processo. Acredito na transformação de todos nós para um acolhimento mais humanizado da população trans", completou Laiane.

A capacitação, que teve a temática do atendimento qualificado à comunidade LGBTQIAPN+ como ponto central, foi a segunda edição do curso realizado em março, em celebração ao Dia Internacional da Mulher. A proposta é desconstruir padrões e construir uma abordagem mais acolhedora nos setores assistenciais, emergenciais e ambulatoriais. A coordenadora da Educação Permanente do HIPS, Cleonara Ferreira, afirmou que a capacitação continuada será implementada em outras edições e passará a fazer parte das palestras regulares do Hospital da Mulher. "Se não tivermos sensibilidade suficiente para entender a dimensão dessas questões, qualquer orientação técnica perde o sentido. Quando falamos de pessoas LGBTQIAPN+, que muitas vezes enfrentam violência e não têm o direito de ser quem são, precisamos redobrar nossa sensibilidade. É essencial ter paciência com as dores do outro e humildade para compreender sua história", enfatizou Cleonara. 

 

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Sábado, 15 Março 2025

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