No Congresso Internacional de Obesidade 2024, em São Paulo, um estudo significativo será apresentado, abordando os benefícios do exercício físico em diferentes padrões de atividade. Coordenado por Leandro Rezende, da Universidade Federal de São Paulo, o estudo publicado na revista JAMA analisou dados de 350.978 adultos nos EUA entre 1997 e 2013, investigando a relação entre atividade física e mortalidade.

Os participantes foram categorizados como fisicamente inativos ou ativos, com os ativos subdivididos em "guerreiros de fim de semana" e "regularmente ativos". A pesquisa revelou que, desde que a quantidade total de atividade física moderada a vigorosa seja a mesma, não há diferença significativa nas taxas de mortalidade entre esses grupos. Ambos apresentaram taxas de mortalidade mais baixas em comparação com os inativos.

As conclusões do estudo são reveladoras, mostrando que adultos que realizam 150 minutos ou mais de atividade física moderada a vigorosa por semana podem alcançar benefícios de saúde semelhantes, independentemente de como distribuem suas sessões ao longo da semana. Isso desmistifica a ideia de que o exercício precisa ser diário para ser eficaz, abrindo espaço para maior flexibilidade nas rotinas de atividade física.

Durante o congresso, Rezende detalhará esses dados, enfatizando a importância de alcançar a quantidade recomendada de atividade física semanal. Essa abordagem mais flexível pode incentivar mais pessoas a adotarem hábitos saudáveis, adaptando-se às suas rotinas e possibilidades, e promovendo a saúde e longevidade.