Nesta quarta-feira (12), foi realizada a primeira reunião do Comitê Gestor de Enfrentamento contra as Arboviroses, de Feira de Santana, com a participação de representantes de diversas secretarias municipais, profissionais de saúde, pesquisadores e representantes da sociedade civil. O objetivo do evento, realizado no auditório de uma faculdade privada do município, foi traçar estratégias de monitoramento dos casos dengue, chikungunya e zika, transmitidos pelo mosquito Aedes Aegypti.

Nos dois primeiros meses deste ano, a Secretaria Municipal de Saúde registrou 397 notificações de casos de dengue, com 102 casos confirmados e sete sinais de alarme. Em 2024, nesse mesmo período, foram 2.553 notificações da doença, sendo confirmados 861 casos e 133 foram com sinais de alarme.

Apesar da redução do número de notificações e casos confirmados pela Secretaria de Saúde este ano, a chefe da Divisão de Controle Epidemiológico (COE) da Secretaria Municipal de Saúde, Verena Liberal, destacou que as ações são cruciais para evitar um novo crescimento dos índices nos próximos meses, diante do aumento das chuvas da estação e o período pós-Carnaval.

"Nós já estamos intensificando as ações através dos agentes de combate às endemias, já firmamos parceria com a Sesp (Secretaria de Serviços Públicos), e já realizamos mutirões de limpeza, como a operação Bota Fora, para que a gente consiga ter um cenário melhor. Intensificamos a vacinação à população, abrindo os postos nos finais de semana e estendendo os horários de atendimento nas unidades de Saúde da Hora, e agora estamos em um diálogo interinstitucional para a gente avançar", salientou Verena Liberal.

O secretário de Saúde do município, Rodrigo Matos, acrescentou que os índices vêm crescendo no Sul e Sudeste, e por isso é preciso fazer um trabalho de prevenção.

"Essa preocupação em relação à dengue ocorre no Brasil inteiro, e aqui em Feira de Santana, estamos fazendo a nossa parte, que é trabalhar preventivamente para que tenhamos um achatamento de eventual curva epidêmica de dengue. Existe um número de crescente no sul e sudeste, e aqui também. Por isso desde janeiro temos ações de vacinação para o público-alvo de 10 a 14 anos, mutirões de limpeza nas vias públicas e conscientização. Estamos planejando, para que esse impacto, se vier a ter, seja o menor possível. Este evento envolve várias secretarias, porque as ações integradas vão fazer com a gente consiga diminuir o número de hospitalizações e óbitos", informou.