Mestres do karatê destacam tradição e amor pela arte marcial em Feira

EspeciaisDe pai para filho

Mestres do karatê destacam tradição e amor pela arte marcial em Feira

Tudo começou na década de 70 com Wilson Costa, conhecido como Lula Sam 
Foto: Arquivo pessoal

'Feira de Santana Notícias 24h - Crescer observando e seguindo os passos do pai é com certeza um grande privilégio. E ver seu filho repetindo a história que um dia você também experimentou é algo que não tem preço. Neste domingo (11), no qual é celebrado o Dia dos Pais, o Folha do Estado conta a história de um time de caratecas, cujas tradições e o amor pelas artes marciais foram passadas de pai para filho.

Wilson Carvalho Costa, faixa preta 6º Dan no Karatê; Bruce Lima Costa, faixa preta 3º Dan, e Davi Lucca, iniciante faixa branca: três gerações que respiram e sobrevivem da arte de lutar, pela vida, pelas tradições e, acima de tudo, pelos sonhos.

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Tudo começou na década de 70 com Wilson Costa, conhecido como Lula Sam, hoje com 65 anos. Após muitas idas e vindas, o mestre feirense se estabeleceu em Feira de Santana e deu início ao sonho de ensinar outros jovens ao fundar uma academia no bairro Cidade Nova.

"Comecei no Karatê em 73, com o professor Joy, daqui de Feira, depois a gente foi embora para Itabuna e mudamos para o estilo Shotokan, morei 15 anos em Camaçari, pois tinha uma academia lá, e aqui em Feira, depois que retornei, já tenho 44 anos ensinando, foram quase 800 alunos. Naquela época eu não era filiado a uma Federação e tinham poucos campeonatos, eram mais internos. Mas até hoje tenho uma academia na Cidade Nova", relembrou Lula Sam.

Quando o filho nasceu, o amor pelo Karatê era tão grande, que Wilson e a esposa concordaram em batizar a criança com o primeiro nome Bruce, em homenagem ao ator e instrutor de artes marciais chinês Lee Jun-fan, mais conhecido mundialmente como Bruce Lee, e no registro ficou Bruce de Lima Costa, que aos 2 anos passou com muita naturalidade a seguir os passos do pai.

"O Karatê na vida de Bruce sempre foi uma coisa natural. Ele ficava comigo, assim como Davi hoje em dia, desde os 2 anos ele começou. Para mim, foi minha maior alegria ter ele como professor de karatê também e agora tem o meu netinho", afirmou. 

Foto: Laiane Cruz

O mestre de karatê Bruce Costa confirma que o karatê, passado de pai para filho, foi como amor à primeira vista. "Tudo foi natural. Como meu pai falou, eu comecei com 2 anos de idade, como meu filho hoje aqui. Brincando, correndo, foi amor à primeira vista e até hoje estou aqui. Além de aprender com o grande mestre, que é meu pai, os ensinamentos do karatê, agora estou passando para a nova geração, ministrando aulas."

O instrutor relembrou ainda com gratidão sua trajetória desde que iniciou nas competições com 8 anos de idade.

"Comecei entre 8 e 9 anos, e no primeiro campeonato que eu fui, tive a alegria de ser campeão baiano, eu era faixa laranja na época. Fiquei muito feliz e é muito lembrar disso tudo. Estou aí até hoje competindo. Hoje tenho mais de 15 campeonatos baianos e mais de 7 nacionais. Esse ano eu me consagrei campeão baiano mais uma vez, em abril, e campeão da Copa do Brasil, em junho, deste ano, pela CNKB (Confederação Nacional de Karatê do Brasil)."

Para Bruce, desde que tudo começou, ele sabia que não existia outra alternativa a não ser levar adiante a tradição familiar e hoje reforça os mesmos valores na criação de Davi Lucca, ao lado de Leila, sua esposa e parceira nos negócios.

"Eu sempre soube que queria isso, porque a arte marcial já estava enraizada na nossa família. Começou com meu pai, depois passou para meu tio Bengo, que não está mais entre nós, pois na época da pandemia a covid levou, ele era o braço direito do meu pai. E logo após eu dei continuidade com a nova geração, que é meu filho. Tenho muita expectativa e com certeza logo ele vai competir muito forte. Ele já está treinando, desde os 2 anos. A mesma história que aconteceu comigo está acontecendo com meu filho Davi Lucca. Não muda nada, é algo incrível", destacou.

Para o team Costa, o karatê representa a formação do caráter, o respeito ao próximo, e sempre estar no caminho certo, honrando pai e mãe, além de seus mestres.

"A arte marcial te dá paz e tranquilidade. Meu filho, eu deixo ele bem tranquilo. Tem dias que vem e veste o kimono, hoje ele tem três anos de idade, tem dias que vem e não quer vestir o kimono, passa o dia todo com a gente aqui. Eu creio que vai ser natural também, como eu, pelo que estamos vendo, ele está seguindo a tradição da família, é carateca raiz, a terceira geração firme e muito forte."

Bruce Costa deixou ainda uma mensagem às famílias de modo geral, sobretudo aqueles que nesta data podem comemorar o Dia dos Pais.

"Que os pais tenham mais tempo com seus filhos, falem que amem mais, conversem mais. E aos filhos, que não percam a oportunidade de estarem sempre com seus pais, seus familiares, como eu que estou sempre com meu pai, a vida toda sempre ele e eu, para cima e para baixo nos campeonatos. Eu estar ali competindo e meu pai como técnico me auxiliando, é muita alegria, e Davi está no mesmo caminho. A oportunidade que eu tenho estou sempre com minha família, meu filho e meus pais, minha mãe hoje mora em São Paulo, mas a gente faz de tudo para estar junto", salientou.

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Sábado, 23 Novembro 2024

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