Governadores desmentem Bolsonaro sobre ICMS na gasolina

Política COMBUSTÍVEIS

Governadores desmentem Bolsonaro sobre ICMS na gasolina

Governadores destacaram que não aumentaram ICMS

Crédito: Divulgação

Governadores de 20 estados assinaram neste domingo (19) uma carta desmentindo as acusações do presidente Jair Bolsonaro de que o aumento no preço dos combustíveis se dá por conta do ICMS cobrado pelos estados.

O presidente tem sido cobrado pelos altos preços dos combustíveis e do gás de cozinha, que acumulam aumentos recordes desde o ano passado, com a gasolina chegando em algumas capitais a R$ 7 o litro e o gás de cozinha passando de R$ 100,00.

Assinam a nota, governadores de diversos partidos, inclusive aliados do presidente, como Romeu Zema (Novo-MG), Ibaneis Rocha (MDB-DF) e Ronaldo Caiado (DEM-GO), Flávio Dino (PSB-MA), Rui Costa (PT-BA), Cláudio Castro (PL-RJ), Eduardo Leite (PSDB-RS).

"Os governadores dos entes federados brasileiros signatários vêm a público esclarecer que, nos últimos 12 meses, o preço da gasolina registrou um aumento superior a 40%, embora nenhum estado tenha aumentado o ICMS incidente sobre os combustíveis ao longo desse período", afirmam no documento.

"Essa é a maior prova de que se trata de um problema nacional, e, não somente, de uma unidade federativa. Falar a verdade é o primeiro passo para resolver um problema", seguem.

O governo chegou a enviar um projeto de lei ao Congresso para tentar mudar as regras do ICMS, mas o texto não foi adiante. O discurso do presidente começou a provocar questionamentos até de governadores identificados com o governo, que jogam a responsabilidade pelas altas na Petrobras e na elevada taxa de câmbio.

Os aumentos do preço da gasolina vêm pressionando o IPCA (índice oficial de preços). Em agosto, o índice avançou 0,87%, a maior taxa em 21 anos. Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE subiram em agosto, com destaque para o segmento de transportes. Puxado pelos combustíveis, esse ramo registrou a maior variação (1,46%) e o maior impacto (0,31 ponto percentual) no índice geral do mês.

 

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