Rui Costa diz que Jair Bolsonaro influenciou saída de João Leão da base governista
Governador defendeu que debate nas eleições será sobre projeto
O governador Rui Costa (PT) minimizou o desembarque do vice-governador João Leão e do PP da base e afirmou que a ida para o grupo de ACM Neto (UB) ajudou a esclarecer para a população quem é da "turma" do presidente Jair Bolsonaro (PL) ou a do ex-presidente Lula (PT).
Em conversa com a imprensa nesta terça-feira (29), o petista defendeu que houve interferência do mandatário na saída do PP, lembrando que Ciro Nogueira, chefe da Casa Civil é presidente de honra do partido e destacando o alinhamento do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), ao governo Bolsonaro. "Eu acho que eles tiveram uma influência grande e aproveitaram eventualmente de uma frustração do desejo do vice de sentar na cadeira de governador pra fazer o rompimento", avaliou Rui.
"O que eles fizeram foi, na verdade, deixar mais claro que do outro lado está a turma do Bolsonaro, já que o outro partido controla todo governo federal na Bahia. Quem ocupa os cargos, quem manda, quem ajuda a perseguir a Bahia são aqueles parlamentares e o partido que está do outro lado. Então ficou mais claro para o povo que de um lado tá a turma do Bolsonaro e do outro lado está a turma do Lula", declarou o petista, alfinetando o grupo em torno de Neto.
"Eu diria que esse movimento do PP ajudou a esclarecer para a população. Então do outro lado nós vamos ter o presidente da Câmara, que é bolsonarista; o chefe da Casa Civil, que é presidente de honra do PP, bolsonarista; os partidos que estão em torno do ex-prefeito [ACM Neto] são todos bolsonaristas, que controlam os cargos de Bolsonaro na Bahia", acrescentou o governador, afirmando ainda que nas eleições no estado "o debate vai ser se o povo da Bahia vai escolher entre os bolsonaristas ou vai ficar com a turma que apoia Lula".
Rui Costa aproveitou ainda para bater na atual gestão e comparar com os governos petistas. "Acho que o que nós teremos no Brasil é um embate grande de dois projetos. O projeto que fez com que o povo passasse fome, um projeto que botou a gasolina a quase R$ 10, um projeto que o gás de cozinha foi a quase R$ 150, com desemprego de 14%, contra, do outro lado, a esperança que o povo tem na figura do presidente Lula", defendeu.
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