Bolsonaro diz que determinará redução da bandeira tarifária
O custo da bandeira é de R$ 14,20 a cada 100 kWh
O presidente Jair Bolsonaro afirmou na noite desta quinta-feira (14) que determinará ao Ministério de Minas e Energia (MME) que altere a bandeira tarifária de energia elétrica para rebaixá-la a um valor menor a partir do mês que vem.
A declaração foi feita durante discurso na Conferência Global Millenium, um evento que reúne igrejas evangélicas. "Estávamos na iminência de um colapso. Não podíamos transmitir pânico à sociedade. Dói a gente autorizar o ministro Bento [Albuquerque], das Minas e Energia, a decretar a bandeira vermelha. Dói no coração, sabemos da dificuldade da energia elétrica. Vou determinar que ele volte à bandeira normal a partir do mês que vem", falou Bolsonaro.
Embora Bolsonaro tenha citado a modalidade vermelha, a bandeira tarifária atualmente em vigor no Brasil é a da "escassez hídrica".
Ela foi criada no final de agosto, diante do cenário de baixa dos reservatórios e de ameaça de racionamento.
O custo da bandeira é de R$ 14,20 a cada 100 kWh (quilowatt-hora) e a previsão é que ela vigorasse até abril de 2022.
Com a maior crise hídrica dos últimos 91 anos, as hidrelétricas perderam espaço na oferta, enquanto o governo se viu obrigado a acionar térmicas –fonte mais cara, cujo custo é repassado ao consumidor.
As bandeiras (verde, amarela e vermelha) constam da conta de luz e servem para indicar a necessidade de se reduzir o consumo. Caso contrário, o cliente paga mais.
Assessores do Palácio do Planalto avaliam que reajustes de preços, como o dos combustíveis, ou a adoção de um racionamento no momento prejudicariam ainda mais Bolsonaro em sua campanha pela reeleição. O presidente tem visto sua popularidade cair diante de medidas contra a pandemia e da degradação do cenário econômico.
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