'Não vamos admitir', diz Lula sobre casos de racismo no Carrefour

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'Não vamos admitir', diz Lula sobre casos de racismo no Carrefour

Presidente fez referência a caso de professora que tirou a roupa em mercado

Crédito: Ricardo Stuckert/PR

Durante uma reunião de cem dias de governo com ministros e líderes no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira, 10, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o Carrefour cometeu um crime de racismo e que essa atitude não será permitida no Brasil.

"Ontem, o Carrefour cometeu mais um crime de racismo. Mais um crime. Um fiscal do Carrefour acompanhou uma moça negra, que ia fazer compra, achando que ela ia roubar, ela teve que ficar só de calcinha e sutiã para provar que ela não ia roubar", apontou o presidente.

"É a segunda vez que o Carrefour faz esse tipo de coisa. Então, a gente tem que dizer para a direção do Carrefour, se quiserem fazer isso no seu país de origem, que façam, mas neste país a gente não vai admitir o racismo que essa gente tenta impor ao Brasil", completou.

O caso ao qual o petista se refere é o da professora Isabel Oliveira , que retirou peças de roupa enquanto fazia compras em um supermercado da rede Atacadão , em Curitiba. O fato viralizou neste domingo, 9, após a mesma relatar ter sofrido racismo dentro do estabelecimento.

Já a primeira vez ao qual o presidente faz alusão é o caso provavelmente é a morte de João alberto Silveira de Freitas , homem negro que foi espancado em um supermercado da rede em Porto Alegre, em novembro de 2020.

O estabelecimento comercial é de propriedade do Grupo Carrefour Brasil, empresa com origem francesa.

Em comunicado ao UOL, o Atacadão negou que o segurança tenha tido um comportamento racista. A empresa acrescentou que investigou o incidente internamente, entrevistando os funcionários e examinando as imagens das câmeras de segurança do local.

"O Grupo Carrefour Brasil está completamente comprometido com uma total transparência e segue postura de tolerância zero contra qualquer tipo de racismo (…) sendo a maior empregadora privada do Brasil, com mais de 150 mil colaboradores, e comprometida com uma extensa agenda antirracista", diz trecho do comunicado. 

 

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Quinta, 26 Dezembro 2024

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