Juiz decreta cassação do prefeito e vice de Serrinha por abuso de poder econômico
Afastamento não é imediato
O juiz eleitoral de Conceição do Coité, Gerivaldo Alves Neiva, julgou procedente a ação na qual é pedida a cassação dos diplomas e dos mandatos do prefeito de Serrinha, Adriano Lima, e do vice-prefeito Moreno Ferreira. A informação é do site InforSerrinha.
A ação foi movida pela Coligação Força do Trabalho, que teve como candidato a prefeito o atual secretário de Desenvolvimento Rural, Osni Cardoso, e a ex-vereadora e candidata a vice-prefeita Mariana Cunha.
Na ação foram apresentados elementos que, segundo os autores, são caracterizados como abuso de poder político, e também porque foram verificadas uma grande quantidade de contratações feitas pela Fundação Valença em período eleitoral, onde houve um acréscimo de 53,39% de novos contratados em outubro levando em consideração e se comparando ao mês de fevereiro de 2020.
"Com certeza vão entrar com recurso, mas existem provas concretas. Minha sensação hoje é de dever cumprido, já que com muita paciência estou vendo a justiça ser feita, conseguimos provar que houve crime eleitoral, abuso de poder político por parte do gestor nas eleições passadas", disse a ex-vereadora Mariana Cunha, ao InfoSerrinha.
Procurado pelo Info Serrinha o procurador do Município, Dr. Cyro Novais, afirmou que essa é uma decisão em 1ª instância, que cabem recursos, não há afastamento imediato, e que só haverá qualquer tipo de pronunciamento após a publicação da decisão.
Os autos foram encaminhados ao Ministério Público do Estado da Bahia para adotar todas as providências.
O Calila Noticias manteve contato com o juiz Gerivaldo Neiva para saber por que esta ação foi parar em sua mesa para julgar e ele respondeu que pelo fato do impedimento da juíza de Serrinha, que é esposa de um advogado que atua na gestão ou atuou na campanha pela coligação que elegeu Adriano e Moreno, passou por outros juízes na região que também não julgaram e por fim chegou para ele que encontrou provas suficientes para determinar a cassação.
Vale ressaltar que a ação foi movida quando o prefeito Adriano Lima era adversário político de Osni Cardoso, inclusive no primeiro turno das eleições para presidente e governador, no entanto, no segundo turno Adriano aderiu a campanha de Jerônino Rodrigues e junto com Osni deu 28.869 votos (59,72% do total). Seu adversário, Acm Neto (União), teve a preferência de 40,28% dos eleitores e registrou 19.470 votos.
Para presidente Lula teve votação ainda maior com a união de Osni e Adriano. Ele recebeu 36.616 votos, o equivalente a 75,93% do total. Já Jair Bolsonaro (PL) foi a escolha de 24,07% dos eleitores e recebeu 11.608 votos.
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