Jair Bolsonaro rompe silêncio e fala sobre depoimento de Freire Gomes à PF, diz colunista
De acordo com o colunista do Metrópoles Paulo Cappelli, em depoimento à Polícia Federal (PF), o ex-comandante do Exército Freire Gomes afirmou que o ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL) apresentou três hipóteses para evitar a posse do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva(PT) após a derrota eleitoral em 2022. Segundo o general, foram discutidas as implementações de Estado de Defesa e Estado de Sítio, além da decretação de uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
Procurado pela coluna de Cappelli, o ex-chefe do Palácio do Planalto afirmou que "não é crime" falar sobre o que está previsto na Constituição Federal. E sustentou que nenhuma das medidas foi levada adiante.
"Sobre o Estado de Defesa e o Estado de Sítio, precisa convocar um conselho com diversos integrantes. Para que fosse implementado, precisaria convocar o conselho, inclusive com presidente da Câmara e do Senado. E não teve nenhum conselho convocado. Aqui não é Hugo Chávez, Maduro. Dados os considerandos, quem dá a palavra final é o Parlamento. Já a Garantia da Lei e da Ordem não se pode fazer do nada. Tem que ter fundamento."
"Não é crime falar sobre o que está previsto na Constituição Federal. Você pode discutir e debater tudo o que está na Constituição Federal. O que falam em delação, em depoimentos, é problema de quem falou. É uma narrativa idiota [dizer que houve crime]", disse ainda o ex-mandatário do Brasil.
Ainda segundo o Metrópoles, no caso do Estado de Defesa, é necessária a convocação do Conselho da República do Conselho de Defesa Nacional. Ele é instituído por meio de decreto presidencial, que deverá indicar a sua duração, as áreas a serem abrangidas e as respectivas medidas coercitivas. No caso do Estado de Sítio, além de reunir os dois conselhos, a decretação é submetida pelo presidente da República ao Congresso Nacional.
Já a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) é uma ação militar que reúne as Forças Armadas a partir de ordem do presidente. A medida é aplicada em graves situações de perturbação da ordem, quando as forças tradicionais não conseguem equacionar o problema, acrescenta o colunista Paulo Cappelli.
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