Em um ato no Rio de Janeiro, neste domingo (25), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o Estado terá que "devolver" e lhe "pagar os prejuízos que eles causaram" em sua vida enquanto ele esteve preso. Na ocasião, o petista comentou sobre a absolvição nos processos da Lava Jato, aos quais respondia na Justiça.

"Achei honroso o William Bonner no dia que fui na entrevista da Globo, ele teve a grandeza de dizer: 'Presidente, o senhor não deve mais nada à Justiça desse país'. E quem deve são eles a mim. Porque em algum momento o Estado vai ter que devolver e me pagar os prejuízos que eles causaram na minha vida", disse Lula.

Ainda durante o discurso, o ex-presidente voltou a compara sua prisão a de líderes como Nelson Mandela. "Eles sabiam que eu não tinha nenhum problema de ficar lá, não tinha nenhum problema. Até porque eu já tinha sido preso na década de 80 e fiquei 31 dias preso. Depois eu lembrei: por que estou preocupado de estar preso se o nosso querido Mandela ficou 27 anos e saiu para governar a África do Sul?", acrescentou o petista.

Lula aproveitou a oportunidade para criticar Sergio Moro (União Brasil) e o presidenciável Ciro Gomes (PDT), por afirmar que o petista não havia sido absolvido nos processos. "O Moro fala que não fui absolvido. Ouvi o Ciro falando 'não, você não foi absolvido'. Fui absolvido em 26 processos, duas vezes na ONU e pela Suprema Corte", concluiu o ex-presidente.