Ministro Flávio Dino diz que não há 'saída mágica' para combater criminalidade
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, apontou nesta quinta-feira (5) as ações que serão tomadas e os investimentos que serão feitos pelo governo federal para ajudar a Bahia no combate à criminalidade. Segundo Dino, em coletiva de imprensa, o governo está fazendo aportes financeiros e ações diretas da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no estado.
"Nós estamos fazendo essas ações integradas com todos os estados. No caso da Bahia, essa ação começou em 1º de setembro, que é a operação 'Paz é na Bahia' e em mais onze estados. Lembremos que as ações nossas são integradas com o governo do estado, e nós temos as ações próprias das nossas corporações. Então, eu destaco o fortalecimento desse trabalho integrado com o governo do estado, com o senhor secretário de Segurança e as polícias, e destaco essa ampliação da presença da PF e da PRF no território baiano, que é uma política continuada", disse.
Para o ministro,"não tem saída mágica" para combater a violência e criminalidade no país. Dino ainda voltou a criticar o armamentismo no Brasil. "Conversava isso com o governador Jerônimo. Se houvesse, nós faríamos, mas em nenhum país do mundo houve isto. A cidade de Nova York vivenciou um programa de segurança por aproximadamente dez anos até colher os resultados. A cidade de Medelin, na Colômbia, foram quase duas décadas. O que é importante é você ter o caminho certo. E quero aqui esclarecer um ponto muito importante, que foi distorcido, nós não nos escondemos dos problemas dos nossos, mas nós temos também o dever de apontar causas de violência no Brasil, e uma dessas causas, eu disse e reafirmo, sublinho e direi sempre, foi o armamentismo irresponsável praticado no Brasil nos últimos anos", pontuou.
"Esse é um dos fatores da violência. Eu sei que a pessoas que não gostam de ouvir a verdade, mas a verdade é essa, porque essas armas foram para o feminicídio, essas armas foram para violência no trânsito, no bar, nas famílias. E essas armas foram também desviadas para fortalecer quadrilhas, porque barateou o acesso a arma no Brasil, e aí vai a pessoa chamemos de bem-intencionada e compra a arma, mas vai o quadrilheiro também, que falsifica documentação, cujas quadrilhas, nós estamos, pela polícia federal, desmontando todos os dias", completou o ministro.
Flávio Dino reforçou que o governo federal não se exime de suas responsabilidades e que entre as ações tomadas está "falar a verdade". "Para que o país nunca mais entre neste beco de trevas, o armamentismo, que é uma política errada, no planeta terra", ressaltou. "Uma política irresponsável, e nós estamos agora corrigindo esse caminho. Se nós compararmos, o ano passado com esse, a circulação de armas, novas armas, caiu pela metade, o que mostra que estamos em um caminho virtuoso e também muito importante, porque que as quadrilhas se fortaleceram porque elas têm muito dinheiro. Ano passado, a polícia federal deste país, do governo pretérito, bloqueou 360 milhões de quadrilhas, este ano 2 bilhões e 800 milhões de reais", acrescentou o ministro da Justiça e Segurança.
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