Carro usado em tentativa de atentado foi encontrado com sargento da Marinha
O veículo usado por foragido foi encontrado no Paraná com o sargento Paulo
Um carro usado na tentativa de atentado a bomba na véspera do Natal de 2022, no aeroporto de Brasília, no Distrito Federal, foi encontrado semanas depois com um sargento da Marinha, no Paraná. De acordo com informações da coluna de Guilherme Amado, no portal Metrópoles, o militar da ativa em questão é o sargento Paulo, que também é suplente de deputado distrital no DF.
Segundo a publicação, investigações da Polícia Civil do DF apontam que o blogueiro extremista Wellington Macedo de Souza circulou por volta do aeroporto "durante toda a madrugada", em uma Hyundai Creta, com o objetivo de explodir um caminhão de combustível.
Os relatórios parciais enviados pela polícia à CPMI dos atos golpistas apontam que o veículo pertencia à companheira de Wellington, Andressa Aguiar da Silva Macedo, e saiu de Brasília no dia 9 de janeiro, um dia depois do episódio da invasão das sedes dos Três Poderes.
No dia 12 de janeiro, então, o Hyundai foi abordado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no município de Ubiratã, no Paraná, a 1.345 km de distância de Brasília, tendo como condutor o sargento da Marinha Paulo Leandro Galdo Rodrigues, eleito suplente de deputado distrital pelo Republicanos.
Procurado pela coluna, ele afirmou que não iria responder às perguntas do jornalista porque já depôs à Polícia Civil e se limitou a dizer que "estava no período de férias, a passeio". Ele não informou, entretanto, se saiu de Brasília acompanhado e tampouco esclareceu sua relação com Wellington, que segue foragido e já atuou como assessor no Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, comandado por Damares Alves (Republicanos).
A Marinha, por sua vez, informou que abriu um processo administrativo para investigar os fatos relacionados ao sargento e que ele estava de férias no período de 28 de dezembro de 2022 a 26 de janeiro de 2023, "ocasião em que teria dirigido o carro mencionado na reportagem, em ato de caráter particular".
Segundo a Força, o militar se licenciou para disputar a eleição e voltou à ativa em 13 de outubro de 2022. O sargento Paulo não foi eleito, mas figura como suplente. "Cabe destacar que um inquérito policial foi instaurado pela Polícia Civil do Distrito Federal, tendo o militar em tela prestado depoimento, no dia 3 de fevereiro deste ano. A MB (Marinha do Brasil) permanece à disposição dos órgãos competentes para contribuir integralmente na elucidação do caso", disse a Marinha.
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