Bolsonaro: 'somos obrigados a chegar nos ministérios e cortar R$ 10 bilhões'
Declaração foi durante live transmitida nas redes sociais
O presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou nesta quinta-feira (19) que o governo federal precisará cortar R$ 10 bilhões dos ministérios para abrir espaço no teto de gastos com despesas extras.
Como antecipou mais cedo o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a necessidade de bloquear o montante foi apontada pela equipe econômica no Relatório Bimestral de Receitas e Despesas e servirá para custear algumas despesas obrigatórias, além de gastos com subsídios agrícolas e sentenças judiciais. Os congelamentos serão feitos em despesas discricionárias, aquelas sem obrigação legal de serem executadas, e os ministérios que passarão por cortes serão definidos posteriormente.
"Apareceu de despesa extra essa semana, entre precatórios, Plano Safra e abono, mais R$ 10 bilhões. Da onde virá esse dinheiro? Desse Orçamento. Temos que chegar nos ministérios e cortar R$ 10 bilhões", afirmou Bolsonaro durante live transmitida nas redes sociais na noite desta quinta.
O presidente ainda disse que, caso haja reajuste salarial de 5% ao funcionalismo público, seria necessário cortar mais R$ 7 bilhões em despesas. A proposta de aumento, no entanto, sofre resistência de algumas categorias, que argumentam que o porcentual não repõe as perdas salariais decorrentes da inflação.
"A gente se esforça para dar reajuste, eu sei que pequeno, para servidores. Vou pedir para meu pessoal se encontrar com sindicatos de servidores e chegar a acordo (sobre reajuste). Se alguém me disser de onde tirar recurso, dou 10%, 15%, 20% de reajuste. Se bater martelo de 5%, a gente vai ver como é que ficam (demandas de reestruturação)", declarou Bolsonaro, ao se referir também sobre a proposta de reestruturação das carreiras da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e agentes penitenciários, rechaçada por outras categorias.
Bolsonaro ainda declarou que a economia brasileira tem apresentado melhora, o que permitiria reajustes mais robustos no próximo ano. "Economia está indo bem, vão ter recursos no ano que vem."
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