Os mais diversos segmentos envolvidos na realização da Micareta de Feira de Santana devem participar de uma audiência pública, visando discutir a possibilidade de alteração do local onde ocorre o evento festivo. A sugestão foi feita nesta quarta-feira (5) pela presidente da Câmara, Eremita Mota (PP), em razão de projeto que tramita no Legislativo propondo a modificação do sítio do maior evento do interior do Nordeste.

A dirigente avaliou ser importante ouvir a sociedade, autoridades e os setores artísticos e culturais do Município, antes da votação da matéria pelos vereadores.

"Essa questão da mudança de local é um debate muito importante. Mas, sugiro que antes de pautarmos a apreciação no plenário, ouçamos em audiência todos os segmentos que têm interesse direto na festa. Isto irá reforçar e validar melhor o que está sendo proposto no projeto", disse Eremita, ressaltando que a medida não poder ser tomada sem obter o posicionamento de grupos artísticos, empresariado e gestores públicos.

Favorável à iniciativa de chamar a sociedade para discutir o projeto, Pedro Américo (Cidadania) disse ver na audiência o "caminho ideal" para evitar dúvidas ou possíveis equívocos. Em seu entendimento, o fato de ser uma autorização, pode não descartar imposição de algumas questões ao Poder Executivo ao longo do texto proposto. Na opinião do Líder do Governo na Câmara, José Carneiro (UB), o projeto está dentro dos requisitos de constitucionalidade, uma vez que "apenas autoriza", e não determina obrigação da Prefeitura adotar a medida. "Mesmo sabendo que não é algo deliberativo, a ideia proposta no projeto e a audiência para análise dos setores envolvidos, são muito importantes", observou o líder.

Autor do projeto de lei que autoriza a alteração do local da Micareta, o vereador Edvaldo Lima (UB), acredita que a audiência pública permitirá debater o assunto com maior segurança. "Juntos, Prefeitura, Câmara e sociedade poderão encontrar o lugar mais adequado. Os empresários tem arcado com um custo muito caro nos dias da festa, ao terem que ficar de portas fechadas", disse.