Após suspensão no Instagram, Bia Kicis é bloqueada no YouTube
Plataforma excluiu um vídeo do canal da deputada
Um mês depois de ser temporariamente impedida de realizar transmissões ao vivo no Instagram, a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) foi bloqueada no YouTube por sete dias. A punição ocorreu depois da plataforma excluir um vídeo do canal da parlamentar com desinformação sobre vacinação infantil - o conteúdo violava as regras da empresa sobre a covid-19
O vídeo removido é uma live, com duração superior a quatro horas, na qual há defesa de que crianças não sejam vacinadas contra a Covid. Participaram da transmissão os deputados Chris Tonietto (União Brasil-RJ) e Diego Garcia (Podemos-PR), o procurador de Sergipe José Paulo Veloso, a médica bolsonarista Roberta Lacerda e outros críticos à vacinação. O conteúdo continua no ar no Facebook e Twitter.
Para burlar a punição, a deputada chegou a pedir aos seus seguidores que acompanhassem uma página reserva, na qual chegou a publicar dois vídeos. Em um deles, ela anunciou uma live para a noite do último domingo, 28, mas foi em seguida alertada pelo YouTube que a prática não é permitida.
"Agradeço a todos que se inscreveram no meu canal reserva, mas fui informada pelo YouTube que se eu fizer a live por lá, isso seria considerada (sic) uma burla à minha suspensão e poderei perder em definitivo ambos meus canais", escreveu Kicis no Telegram.
Nas normas do YouTube sobre a covid-19, há um sistema de avisos. Na primeira violação, é emitido um alerta; já na segunda vez, o usuário é impedido de postar novos conteúdos por sete dias, o que é o caso da deputada, presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.
Em março do ano passado, ela já havia sido alvo de remoção na plataforma por publicar um vídeo com desinformação sobre a covid.
Caso seja alvo de um novo aviso por violar as regras em um prazo de 90 dias, a parlamentar ficará bloqueada por 14 dias. Se cometer outra infração no mesmo período de 90 dias, o canal é removido permanentemente.
Kicis está entre os investigados no inquérito que apura fake news e ameaças contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
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