Servidores estaduais defendem reajuste de 54% para recompor perdas de 6 anos
O salário não estaria em patamar adequado
Ainda segundo a pesquisa do Dieese, mesmo que houvesse a reposição inflacionária referente aos anos de 2015 a 2022, o salário não estaria em patamar adequado. Isso porque a ausência de ganhos reais não permite a elevação do poder de compra, apenas a sua manutenção. Colaboram para a corrosão das remunerações, reajustes concedidos de forma parcelada e, como já ocorrido, pagos quase na data-base do ano seguinte. Dividir a reposição significa postergar a recomposição do poder aquisitivo dos servidores. "É sempre desejável o reajuste pago em apenas uma única parcela, especialmente, quando o mesmo não traz ganhos reais. Com a ausência de reajustes nos anos de 2016, 2017, 2018, 2019, 2020 e 2021, a situação torna-se ainda mais difícil para os servidores", aponta o estudo do Departamento Intersindical.
Ano passado, o governo da Bahia autorizou um reajuste linear de 4% para os servidores públicos, mais o acréscimo de parcelas fixas aos salários. O valor está muito aquém da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o acumulado de janeiro de 2015 a dezembro de 2022, fechada em 59,47%. Conforme alerta do diretor da Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Feira de Santana (Adufs), Gean Santana, a forma na qual foi concedida a reposição inflacionária, em 2022, ainda criou outro problema: a existência de perdas salariais diferenciadas para a mesma categoria. Tal processo desestrutura os diversos Planos de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV) e fere o Estatuto do Magistério Superior.
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