Renda familiar aumenta na Bahia e desigualdade cai ao menor nível em 10 anos

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Renda familiar aumenta na Bahia e desigualdade cai ao menor nível em 10 anos

Indicadores foram puxados por programas sociais e auxílios

Crédito: Divulgação
Em 2022, o rendimento médio mensal real de todas as fontes da população com algum rendimento na Bahia ficou em R$ 1.644. Frente a 2021, quando essa renda média total havia sido de R$ 1.612, houve um aumento de 3,2%.

Apesar do avanço entre um ano e outro, a renda média total no estado, em 2022, foi a segunda mais baixa desde o início da PNAD Contínua, em 2012, só ficando acima da registrada em 2021 (R$ 1.612). Nessa década de série histórica (2012-2022), a população da Bahia teve uma perda média de 3,8% no seu rendimento de todas as fontes (de R$ 1.729 para R$ 1.644).

Além disso, mesmo com o aumento da renda média total entre 2021 e 2022, o estado caiu três posições no ranking nacional para esse indicador. Em 2012, a Bahia tinha o 6º menor rendimento médio de todas as fontes, entre as 27 unidades da Federação. Dez anos depois, apresentava o 3o menor, acima apenas dos verificados no Maranhão (R$ 1.529) e em Alagoas (R$ 1.600).

O rendimento médio mensal real de todas as fontes engloba o salário (rendimento de trabalho) e outras fontes de renda, como aposentadorias, aluguéis, aplicações financeiras, pensões, doações e programas sociais ou auxílios diversos pagos pelo governo. Ele é "real" pois sua série de valores é "inflacionada", ou seja, considera os efeitos da inflação. 

Em 2022, o valor da renda média de todas as fontes na Bahia (R$ 1.644) era 2/3 da registrada no Brasil como um todo (R$ 2.533). No país, também houve aumento desse valor frente a 2021 (+2%), mas queda na comparação com o início da série histórica, quando ele era de R$ 2.600 (-2,6%).

De 2021 para 2022, 23 dos 27 estados tiveram aumentos do rendimento médio de todas a fontes, com destaque para Piauí (+16,3%), Pará (+13,1%) e Amapá (+13%). Por outro lado, Rio de Janeiro (-4,4%), Distrito Federal (-1,5%) e Rio Grande do Norte (-1,1%) registraram as quedas mais intensas.

Em uma década (2012-2022), 14 dos 27 estados viram sua população ter perda na renda média de todas as fontes, liderados por Amazonas (-20,5%), Pernambuco (-15,4%) e Distrito Federal (-12,2%). Por outro lado, dentre os 13 onde houve avanço, destacaram-se Piauí (+20,7%), Rio Grande do Norte (+17,1%) e Tocantins (+14,2%).

 

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Segunda, 23 Dezembro 2024

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