Puxado pela soja, valor da agricultura baiana cresce 36,3% entre 2020 e 2021

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Puxado pela soja, valor da agricultura baiana cresce 36,3% entre 2020 e 2021

Cifra chega a recorde de R$ 37,7 bilhões 

Crédito: Divulgação

Entre 2020 e 2021, o valor da produção agrícola baiana teve seu maior crescimento absoluto em 27 anos (+10,0 bilhões ou +36,3%), passando de R$ 27,6 bilhões para R$ 37,7 bilhões, um recorde desde 1994, ano de implementação do Pano Real, segundo resultados da pesquisa da Produção Agrícola Municipal (PAM) 2021 do IBGE.

O forte aumento se deu por conta da elevada demanda externa e interna das commodities agrícolas, com o dólar mantendo sua valorização frente ao Real, além da escalada nos preços dos combustíveis, que encareceu muitos produtos.

O ano de 2021 foi de ganhos expressivos para a produção agrícola em quase todo o país. No Brasil, o valor gerado também foi recorde: R$ 743,3 bilhões, 58,6% maior do que o de 2020. Houve avanços do valor da produção em 25 das 27 unidades da Federação, 23 destes foram crescimentos percentuais de dois ou três dígitos.

O aumento absoluto do valor gerado pela agricultura na Bahia, frente a 2020, foi o 8o maior do país. Mato Grosso (mais R$ 72,4 bilhões), Rio Grande do Sul (+R$ 52,7 bilhões) e Goiás (+R$ 26,6 bilhões) lideraram nesse indicador, enquanto Amazonas (menos R$ 141,2 milhões) e Amapá (menos R$ 17,0 milhões) foram os únicos estados onde houve queda, entre 2020 e 2021.

Diante de resultados positivos disseminados, a expressiva taxa de crescimento na Bahia (+36,3%) foi apenas a 16ª mais intensa do país. Rio Grande do Sul (+138,4%), Mato Grosso (+91,5%) e Piauí (+78,2%) tiveram os maiores avanços percentuais.

Assim, mesmo com desempenho bastante positivo, a Bahia perdeu participação no valor gerado pela agricultura brasileira, de 5,9% em 2020 para 5,1% em 2021, mas sustentou o 8º maior valor agrícola do país.

Mato Grosso (R$ 151,7 bilhões, 20,4% do total) manteve-se o líder do ranking estadual de valor gerado pela agricultura, em 2021. Entre 2020 e 2021, o Rio Grande do Sul subiu da 5ª para a 2ª posição (R$ 90,8 bilhões, 12,2% do total), e São Paulo caiu da 2ª para a 3ª posição (R$ 84,1 bilhões, 11,3%). 

 

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