Novo advogado de patroa diz que cliente tem transtorno
Melina Esteves França é investigada por violência doméstica
O novo advogado de Melina Esteves, patroa flagrada durante agressões contra a babá das filhas, disse em entrevista à TV Bahia neste domingo (5) que ela tem transtorno psicológico diagnosticado como Borderline [caracterizado pelas mudanças rápidas de humor] e não estava em tratamento. Segundo Marcelo Cunha, que assumiu o caso há quatro dias, as agressões cometidas por Melina foram fruto da "proteção materna".
"As agressões são nítidas porque os vídeos estão aí. As agressões surgiram por proteção materna. É o primeiro item, proteção materna. Além das outras babás que passaram recentemente, que maltrataram também, isso inclusive já é objeto, talvez a mídia não saiba, de outros inquéritos denunciados pela Melina na 9ª delegacia, lá na Boca do Rio", disse.
Marcelo Cunha relatou que outras babás teriam maltratado as trigêmeas filhas de Melina, e vídeos gravados mostrariam as supostas agressões. "Eu acredito que o instinto materno, eu acho que qualquer mãe não aceitaria tal tipo de conduta. E de forma de proteger a sua prole tomaria uma atitude drástica. Isso é uma consequência", disse.
O advogado afirma que Raiana Ribeiro, a babá que pulou do terceiro andar, também teria agredido uma das filhas e, por isso, além do transtorno psicológico, a cliente dele teria cometido a lesão corporal. "Ah, doutor Marcelo, mas isso justifica uma agressão? Eu estou somando as duas situações, vou repetir: a proteção materna, qualquer mãe faria igual ou pior, não estou aqui justificando; e, segundo, a intensidade", disse.
"A intensidade vem por conta do transtorno da personalidade borderline, ela não consegue se controlar. Ou seja, falando no linguajar popular, ela tem um pavio curtíssimo. Qualquer afronta, qualquer distrato, qualquer outra coisa, ela transforma como se fosse o fim do mundo. Então, isso é importante que se diga", conta Marcelo.
Sobre os vídeos que mostram as agressões contra a babá Raiana, o advogado defendeu que não houve espancamento e sim lesão corporal.
"Espancamento é uma palavra muito pesada. O espancamento através de uma lesão corporal, seja ela leve, grave ou gravíssima, é feito através de uma análise de um laudo pericial, que é o laudo do exame de corpo de delito. Então, essa questão de uma lesão grave, uma lesão exacerbada, gravíssima, eu não posso me manifestar até porque o vídeo não mostra isso. Não vejo sangue, eu vejo agressões. Ou seja, lesão corporal", disse.
Ele ainda negou que Raiana tivesse sido privada de alimentação enquanto trabalhou na casa de Melina. "Em relação à questão de que não comia e não bebia, isso não procede, isso nunca existiu".
Já sobre as outras denúncias de ex-funcionárias de Melina, Marcelo Cunha informou que não teve acesso ainda à totalidade do inquérito, e que não pode se manifestar sobre os outros casos. "Eu, infelizmente, não posso me manifestar sobre essa situação porque eu não tive acesso a inquérito e provavelmente deve estar em tramitação de forma inicial porque o foco todo é em relação ao inquérito da Raiana, que se jogou do terceiro andar".
O advogado ainda informou que após o segundo interrogatório na última sexta, Melina Esteves não voltou para casa no bairro do Imbuí e está na casa de uma outra pessoa.
Outra ex-funcionária de Melina Esteves, que tem 61 anos, contou sobre as agressões que sofreu durante quase dois anos em que trabalhou com ela, antes mesmo das trigêmeas nascerem. Segundo a ex-funcionária, que prefere não se identificar, inicialmente ela fazia serviços domésticos e depois passou a cuidar das crianças.
"Era tudo normal. Não tinha espancamento não, mas depois ela foi se revoltando, se revoltando. E aí começou o espancamento. Depois, se eu não fizesse uma coisa certa, qualquer coisa que fizesse que ela não gostasse, ela espancava", conta.
A ex-funcionária relatou diversos tipos de agressões físicas que sofreu na casa de Melina, como chutes, murros, tapas nos ouvidos e até vassoura e faca teriam sido usadas para praticar as lesões.
"Foi muita porrada mesmo, era todo dia. É assim...qualquer coisa que eu fizesse ela espancava, qualquer um erro. Por exemplo: eu não brinquei com as meninas. Ela batia, ela ficava dizendo que eu derrubei as meninas, sendo que eu nunca derrubei a menina, ela caiu sozinha e ela [Melina] disse que eu botei o pé. A hora que ela tivesse com vontade de bater ela batia", disse.
Segundo a ex-funcionária, ela não recebia remuneração pelo trabalho, não tinha folgas e não deixava a casa porque Melina teria ameaçado a família dela de morte caso ela abandonasse o emprego. Depois de um dia de agressões e que saiu de casa, em julho deste ano, a ex-funcionária não voltou mais e prestou queixa na Delegacia do Idoso, onde fez exame de corpo de delito.
"As agressões são nítidas porque os vídeos estão aí. As agressões surgiram por proteção materna. É o primeiro item, proteção materna. Além das outras babás que passaram recentemente, que maltrataram também, isso inclusive já é objeto, talvez a mídia não saiba, de outros inquéritos denunciados pela Melina na 9ª delegacia, lá na Boca do Rio", disse.
Marcelo Cunha relatou que outras babás teriam maltratado as trigêmeas filhas de Melina, e vídeos gravados mostrariam as supostas agressões. "Eu acredito que o instinto materno, eu acho que qualquer mãe não aceitaria tal tipo de conduta. E de forma de proteger a sua prole tomaria uma atitude drástica. Isso é uma consequência", disse.
O advogado afirma que Raiana Ribeiro, a babá que pulou do terceiro andar, também teria agredido uma das filhas e, por isso, além do transtorno psicológico, a cliente dele teria cometido a lesão corporal. "Ah, doutor Marcelo, mas isso justifica uma agressão? Eu estou somando as duas situações, vou repetir: a proteção materna, qualquer mãe faria igual ou pior, não estou aqui justificando; e, segundo, a intensidade", disse.
"A intensidade vem por conta do transtorno da personalidade borderline, ela não consegue se controlar. Ou seja, falando no linguajar popular, ela tem um pavio curtíssimo. Qualquer afronta, qualquer distrato, qualquer outra coisa, ela transforma como se fosse o fim do mundo. Então, isso é importante que se diga", conta Marcelo.
Sobre os vídeos que mostram as agressões contra a babá Raiana, o advogado defendeu que não houve espancamento e sim lesão corporal.
"Espancamento é uma palavra muito pesada. O espancamento através de uma lesão corporal, seja ela leve, grave ou gravíssima, é feito através de uma análise de um laudo pericial, que é o laudo do exame de corpo de delito. Então, essa questão de uma lesão grave, uma lesão exacerbada, gravíssima, eu não posso me manifestar até porque o vídeo não mostra isso. Não vejo sangue, eu vejo agressões. Ou seja, lesão corporal", disse.
Ele ainda negou que Raiana tivesse sido privada de alimentação enquanto trabalhou na casa de Melina. "Em relação à questão de que não comia e não bebia, isso não procede, isso nunca existiu".
Já sobre as outras denúncias de ex-funcionárias de Melina, Marcelo Cunha informou que não teve acesso ainda à totalidade do inquérito, e que não pode se manifestar sobre os outros casos. "Eu, infelizmente, não posso me manifestar sobre essa situação porque eu não tive acesso a inquérito e provavelmente deve estar em tramitação de forma inicial porque o foco todo é em relação ao inquérito da Raiana, que se jogou do terceiro andar".
O advogado ainda informou que após o segundo interrogatório na última sexta, Melina Esteves não voltou para casa no bairro do Imbuí e está na casa de uma outra pessoa.
Outra ex-funcionária de Melina Esteves, que tem 61 anos, contou sobre as agressões que sofreu durante quase dois anos em que trabalhou com ela, antes mesmo das trigêmeas nascerem. Segundo a ex-funcionária, que prefere não se identificar, inicialmente ela fazia serviços domésticos e depois passou a cuidar das crianças.
"Era tudo normal. Não tinha espancamento não, mas depois ela foi se revoltando, se revoltando. E aí começou o espancamento. Depois, se eu não fizesse uma coisa certa, qualquer coisa que fizesse que ela não gostasse, ela espancava", conta.
A ex-funcionária relatou diversos tipos de agressões físicas que sofreu na casa de Melina, como chutes, murros, tapas nos ouvidos e até vassoura e faca teriam sido usadas para praticar as lesões.
"Foi muita porrada mesmo, era todo dia. É assim...qualquer coisa que eu fizesse ela espancava, qualquer um erro. Por exemplo: eu não brinquei com as meninas. Ela batia, ela ficava dizendo que eu derrubei as meninas, sendo que eu nunca derrubei a menina, ela caiu sozinha e ela [Melina] disse que eu botei o pé. A hora que ela tivesse com vontade de bater ela batia", disse.
Segundo a ex-funcionária, ela não recebia remuneração pelo trabalho, não tinha folgas e não deixava a casa porque Melina teria ameaçado a família dela de morte caso ela abandonasse o emprego. Depois de um dia de agressões e que saiu de casa, em julho deste ano, a ex-funcionária não voltou mais e prestou queixa na Delegacia do Idoso, onde fez exame de corpo de delito.
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