Nesta sexta-feira (13), no Santuário Santa Dulce dos Pobres, no Largo de Roma, o Governo do Estado da Bahia inaugurou um novo monumento em homenagem a Irmã Dulce, a primeira santa nascida no Brasil. A cerimônia, parte da programação de comemoração aos quatro anos de sua canonização, contou com a presença do vice-governador Geraldo Junior e foi promovida pela Secretaria de Turismo (Setur-BA) como tributo a esta importante figura religiosa e filantrópica.

"Esta homenagem à Santa Dulce é um marco da fé e da solidariedade que essa mulher extraordinária representou para o povo baiano e brasileiro. Celebrar a canonização de Irmã Dulce no local onde ela dedicou sua vida aos necessitados é um ato de profunda reverência. Seu legado de amor ao próximo e serviço desinteressado será uma inspiração constante para todos nós", afirma Geraldo Junior.

De acordo com Maria Rita Pontes, superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), o tributo é um reconhecimento da importância do trabalho de Irmã Dulce em prol dos necessitados: "é um lembrete constante de que a solidariedade e a compaixão são valores que devem guiar nossas vidas".

O enfermeiro Paulo Silva definiu a santa como um farol de fé e amor em sua vida: "sua dedicação aos pobres e doentes sempre me inspirou a fazer o bem. Este monumento, no local onde ela serviu e cuidou dos menos favorecidos, é um lembrete tangível desse compromisso. Mostra que a luz dela continua a brilhar, nos orientando a ajudar aqueles que mais necessitam. Que seu exemplo nos motive a seguir seus passos e tornar o mundo um lugar melhor."

Turismo religioso

O Secretário de Turismo da Bahia, Maurício Bacelar, lembra que a homenagem, além de ser um tributo à fé, reforça o potencial do turismo religioso na Bahia. "Santa Dulce é uma figura que atrai peregrinos e devotos de todo o Brasil e do mundo. O monumento não apenas celebra sua canonização, mas, também, reforça o potencial turístico do estado como um destino para aqueles que buscam vivenciar essa espiritualidade única. A Bahia é rica em história religiosa e cultural", avalia.

Canonização

O processo de canonização de Santa Dulce começou em janeiro de 2000, com a transferência de seus restos mortais para a sede das Osid, em Salvador. Em junho de 2003, a Santa Sé validou juridicamente um suposto milagre associado a ela e, em 2009, o Papa Bento XVI reconheceu suas virtudes heróicas, concedendo-lhe o título de Venerável. A beatificação ocorreu em maio de 2011 e, finalmente, em outubro de 2019, o Papa Francisco a proclamou santa da Igreja Católica.