Mais uma paciente relata ter sido esquecida dentro de máquina de ressonância
No domingo, 13, uma advogada contou ter passado pela mesma situação no local
Mais uma paciente relatou ter sido esquecida dentro de uma máquina de ressonância, dentro da clínica Delfin, no bairro Itaigara, em Salvador . No último domingo (13), uma advogada contou ter passado pela mesma situação no local.
"A gente fica amarrado em uma cama para fazer o exame e com 30 minutos mais ou menos, a máquina parou. Simplesmente me deixaram lá sozinha e aí o tempo foi passando e com 15 minutos lá sozinha, comecei a gritar pelas pessoas", detalha a autora da atual denúncia.
A mulher, que preferiu não revelar a identidade, diz que foi deixada no local 15 minutos a mais do que o previsto. Ela, que precisava do exame para fazer uma cirurgia, conta que além de passar horas em jejum, o aparelho apresentou defeito durante o procedimento.
"Comecei a falar: 'gente, alguém aí? boa noite, tem alguém aí?'. Demorou uns 15 minutos e uma técnica de enfermagem veio, me falou assim: 'não te falaram que demorava para a máquina reiniciar?' Eu falei: 'não, só me deixaram aqui e saíram".
Chateada e com fome, a paciente saiu sem fazer o exame. Além disso, reclamou que a clínica não a procurou para remarcar a ressonância.
"Uma falta de respeito na hora do exame e não entraram em contato comigo. Eu que tive que correr atrás porque eu precisava deste exame", lembrou.
A paciente conta que não pretende voltar à clínica e ainda lembra a sensação de ficar presa na máquina.
"É desesperador. Ainda bem que eu não tinha claustrofobia, porque seria muito pior. Eu poderia facilmente ter passado mal, porque eu já estava há um tempo muito grande sem me alimentar", relembra.
Sobre a da nova denúncia de esquecimento de paciente dentro do aparelho, a clínica Delfin disse que vai verificar o caso para posteriormente se pronunciar.
'Pânico total'A advogada Laura Nogueira, de 48 anos, contou que foi esquecida por cerca de 15 minutos dentro de uma máquina de ressonância magnética da clínica Delfin, no último domingo (13).
Segundo Laura Nogueira, ela precisou balançar as pernas, que estavam fora do equipamento e gritou para chamar atenção dos funcionários da clínica, mas estava sozinha no local.
"Eu fiquei em pânico total, mas eu também não queria ficar mais nervosa ainda, porque estava com medo de passar mal", disse.
Laura sofre com constantes dores na coluna e já está acostumada a passar pelo exame. Por isso, estranhou a demora para ser retirada do equipamento.
Por meio de nota, a Delfin lamentou o ocorrido e reforçou que segue todos os protocolos para garantir a qualidade e a segurança na realização dos exames. Disse ainda que realizou contato com a paciente na segunda-feira (14) para esclarecimentos, mas não detalhou o que foi conversado com a cliente.
Já Laura confirmou que foi procurada pela clínica e recebeu um pedido de desculpas. A advogada pretende entrar com uma ação judicial contra a unidade e pedir uma indenização.
Além de balançar as pernas e gritar, Laura tentou apertar uma bomba de segurança, semelhante a um botão, que foi dada a ela assim que entrou na máquina. O aparelho deveria ser acionado para avisar a equipe médica caso a paciente sentisse algum incomodo e quisesse ser retirada.
"Resolvi fazer o teste da válvula de segurança e vi que ela não tocou. Ela [sirene] não foi acionada, não tocou. A sirene não estava funcionando. Uma medida de emergência para o paciente e ela não funciona, assusta. Eu fiquei lá gritando", contou.
Após gritar bastante, os funcionários da clínica apareceram na sala e retiraram Laura do equipamento.
A advogada disse ainda que os funcionários revelaram a ela que só entraram na sala de exames, porque foram alertados pelo marido dela, que a aguardava no corredor e estranhou a demora. No entanto, segundo Laura Nogueira, ela não estava acompanhada na clínica.
"Era marido de outra pessoa. Aí eu fiquei me questionando se a pessoa não tivesse chamado, quanto tempo eu ia ficar lá. Uma irresponsabilidade total, um descaso total", reclamou.
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