Mais da metade das crianças vive em situação de pobreza na Bahia
Dados são do estudo Pobreza Multidimensional na Infância e Adolescência no Brasil – 2017 a 2023
Mais da metade das crianças e adolescentes na Bahia viviam com alguma privação em 2023, totalizando 2,4 milhões de pessoas de 0 a 17 anos. Esses jovens enfrentam restrições em direitos básicos como educação, água e saneamento. Os dados são do estudo Pobreza Multidimensional na Infância e Adolescência no Brasil, divulgado pelo Unicef.
Os piores índices da Bahia estão na educação e no trabalho infantil. Cerca de 364 mil crianças não frequentavam a escola ou estudavam com atraso, e 112,4 mil exerciam algum tipo de trabalho infantil. A pandemia contribuiu para o aumento do trabalho de jovens em ruas e sinaleiras, segundo Márcio Lima, da Cufa-BA.
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No saneamento básico, o estado é o segundo pior do país, com 1,4 milhão de crianças vivendo em casas com banheiros compartilhados ou fossas rudimentares. Já na moradia, 212 mil residem em condições inadequadas.
Para o sociólogo Umeru Bahia, soluções estruturais são urgentes e dependem de pactos entre governo, sociedade e iniciativa privada. Ele defende projetos de desenvolvimento social amplos, que priorizem educação, trabalho digno e acesso a serviços básicos.
A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos da Bahia foi procurada, mas não respondeu até a publicação desta matéria.
Correio da Bahia
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