Lavagem de Itapuã volta ser realizada após dois anos em Salvador

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Lavagem de Itapuã volta ser realizada após dois anos em Salvador

Festa foi marcada por missas e festejos nas ruas 

Crédito: Fernando Vivas/GOVBA
Após dois anos de pausa por conta da pandemia de covid-19, a tradicional Lavagem de Itapuã, que acontece há mais de 100 anos, começou nas primeiras horas desta quinta-feira (9), em Salvador. Na programação, diversos atos como missas, cortejos e café da manhã. A lavagem é a última festa popular antes do carnaval.

A festa começou já na madrugada de quinta, quando os moradores saem pelo bairro em um bando anunciador, convidando a comunidade para a festa.

Pela manhã, teve início a lavagem das "Nativas", que são moradoras do bairro que há mais de 30 anos realizam a ação. Essa lavagem, no entanto, é extraoficial, mas também já virou tradição. Em seguida, teve o café de Dona Niçu. "É uma tradição de Niçu, um sonho que ela teve e nós seguimos a tradição", disse uma das "Nativas".

Por volta das 12h, após cortejo, cerca de 200 baianas realizam a segunda lavagem com muita água de cheiro, perfumando e embelezando as escadarias da igreja. A lavagem ainda contará com desfile de 30 blocos. A última atração deve sair às 17h15.

Além disso, também ocorre a tradição na festa há pelo menos 35 anos, a Baleia Rosa inflável, de nove metros. Ela foi criada em 1987, em homenagem à atividade econômica de Itapuã, na época em que as pessoas pescavam as baleias encalhadas para fazer extração do óleo e da pele do animal. A baleia tem como tema: "Não à caça comercial da baleia".

Em 2023, a tradicional Baleia Rosa do Amor de Itapuã, terá como homenageado deste ano Armindo Biriba, ex-jogador e ídolo do Bahia, que morreu em 2006.

A baleia que desfila este ano foi doada pela Escola de Samba Unidos da Viradouro, campeã do carnaval do Rio de Janeiro, em 2020.

O desfile conta com a participação de uma charanga, além do cortejo que sairá na frente do Bloco Afro Malê de Balê, em direção ao início do cortejo, na orla de Piatã e segue em direção a Itapuã. O trajeto finaliza no Largo do Dendê, conhecido como Largo de Cira.

Durante as missas e as cerimônias, houve um protesto contra uma escadaria em frente a uma igreja. Os protestantes alegam quebra de tradições com as obras realizadas pela prefeitura.

As celebrações chegam ao fim na segunda (13), com a entrega de uma oferenda a Iemanjá e uma peixada nativa, na sede da Associação dos Moradores de Itapuã. 

Com informações do G1 BA.

 

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