Coleta de lixo é único serviço de saneamento com avanços na Bahia
16% dos domicílios não têm água encanada e 40,5% não têm coleta de esgoto
Em seis anos, a cobertura domiciliar dos três serviços de saneamento básico, essenciais para a melhoria das condições de vida e saúde da população, praticamente não avançou na Bahia. O aumento na proporção de casas atendidas se concentrou exclusivamente na coleta direta ou indireta de lixo, segundo o módulo sobre Características Gerais dos Domicílios e Moradores, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) 2022.
O resultado é que, em 2022, 2 em cada 10 residências no estado (16%) não eram abastecidas por rede de água; 4 em cada 10 (40,5%) não tinham seu esgoto coletado por rede geral; e, mesmo com a ampliação do atendimento, quase 2 em cada 10 domicílios (15,2%) queimavam o lixo ou lhe davam algum outro destino inadequado, por não terem coleta por veículo nem caçamba do serviço de limpeza.
A falta de acesso ao saneamento básico era muito maior nas áreas rurais, onde estavam, em 2022, 3 em cada 10 domicílios baianos: 26,6% do total ou cerca de 1,405 milhão de moradias. Nesses locais, o único serviço que atendia pouco mais da metade das residências era a rede de abastecimento de água.
No ano passado, 84% dos domicílios na Bahia eram abastecidos por rede geral de água - o que significa que 16% (cerca de 771 mil) não tinham acesso à água tratada e encanada. Seis anos antes, em 2016, a cobertura do serviço chegava a 85,3% dos domicílios e, em 2019, antes da pandemia, era de 85,2% - o que mostra uma tendência de baixa no atendimento.
A cobertura proporcional do serviço no estado, em 2022 (84%) estava um pouco aquém da nacional (85,5% no Brasil como um todo) e era apenas a 14a num ranking liderado por São Paulo (96,1%), Distrito Federal (95,1%) E Paraná (89,6%).No outro extremo, Rondônia (48,4%), Amapá (50,4%) e Pará (51,2%) tinham os menores percentuais de domicílios com água da rede geral.
Assim como ocorria no Brasil como um todo, na Bahia o percentual de atendimento da rede de água caía significativamente nas áreas rurais, chegando apenas a pouco mais da metade dos domicílios (51,3%), frente a 96% nas áreas urbanas.
Além disso, 1 em cada 4 domicílios abastecidos pela rede de água na Bahia (25,2%) não tinha o serviço disponível diariamente, o que significava 1,503 milhão de residências com algum grau de intermitência no abastecimento - 7º maior percentual entre as 27 unidades da Federação.
A coleta do esgoto por rede geral ou fossa séptica ligada à rede geral continuava, em 2022, a ser o serviço de saneamento com menor cobertura na Bahia, chegando a 59,5% dos domicílios que tinham banheiro, sanitário ou buraco para dejeções. Assim, 40,5% das residências baianas que tinham algum tipo de banheiro (1,952 milhão) não eram atendidas pela rede de esgoto.
Em 2016, o percentual de atendimento era de 58,5%; em 2019, de 57,5% - o que mostra uma certa tendência de alta, mas tão discreta que pode ser considerada uma estabilidade estatística.
Esse aumento de cobertura foi verificado principalmente nas áreas urbanas, onde a rede de esgoto chegava a 77,2% dos domicílios, em 2022, frente a menos de 10% das residências na área rural do estado (9%).
Ainda assim, a Bahia tinha, em 2022, dentre os estados, a 11a maior proporção de domicílios com banheiro e esgoto coletado por rede, num ranking liderado por São Paulo (93,6%), Distrito Federal (89,9%) e Rio de Janeiro (88,9%). Piauí (18,1%), Amapá (20,7%) e Pará (21,7%) tinham os menores percentuais. No Brasil como um todo, 69,5% dos domicílios com algum tipo de banheiro estavam conectados à rede de esgoto, direta ou indiretamente.
Entre 2016 e 2022, série histórica disponível na PNADC, a coleta de lixo, fosse direta (feita por veículo) ou indireta (por meio de caçambas do serviço de limpeza), foi o único serviço de saneamento básico que avançou de forma mais significativa na Bahia. No ano passado, 84,8% dos domicílios no estado eram atendidos com coleta de lixo, proporção que ficava em 80,7% em 2016 e 84,3% em 2019, no pré-pandemia.
Nesses seis anos, o atendimento por coleta direta foi o que mais cresceu, de 64,3% para 71,6% dos domicílios. Já a coleta indireta se reduziu, de 16,4% para 13,2% dos domicílios. Ainda assim, em 2022, 15,2% das residências na Bahia precisavam queimar seu lixo (14%) ou dar alguma outra destinação inadequada aos resíduos (1,2%) - o que representava 805 mil domicílios.
Apesar do avanço, a cobertura domiciliar da coleta de lixo era o indicador de saneamento básico em que a Bahia estava mais mal posicionada no ranking do estados, com a 21a proporção de residências atendidas (ou 7º menor entre as 27 unidades da Federação).
No Brasil como um todo, 92,2% dos domicílios eram atendidos pelo serviço, sendo os maiores percentuais encontrados em Rio de Janeiro (99,3%), São Paulo (99,1%) e Distrito Federal (98,9%), enquanto os menores estavam em Piauí (73,5%), Maranhão (75,2%) e Rondônia (78,5%).
Assim como ocorre com os demais indicadores de saneamento básico, a cobertura domiciliar de coleta de lixo também é significativamente menor em áreas rurais do que em áreas urbanas.
O resultado é que, em 2022, 2 em cada 10 residências no estado (16%) não eram abastecidas por rede de água; 4 em cada 10 (40,5%) não tinham seu esgoto coletado por rede geral; e, mesmo com a ampliação do atendimento, quase 2 em cada 10 domicílios (15,2%) queimavam o lixo ou lhe davam algum outro destino inadequado, por não terem coleta por veículo nem caçamba do serviço de limpeza.
A falta de acesso ao saneamento básico era muito maior nas áreas rurais, onde estavam, em 2022, 3 em cada 10 domicílios baianos: 26,6% do total ou cerca de 1,405 milhão de moradias. Nesses locais, o único serviço que atendia pouco mais da metade das residências era a rede de abastecimento de água.
No ano passado, 84% dos domicílios na Bahia eram abastecidos por rede geral de água - o que significa que 16% (cerca de 771 mil) não tinham acesso à água tratada e encanada. Seis anos antes, em 2016, a cobertura do serviço chegava a 85,3% dos domicílios e, em 2019, antes da pandemia, era de 85,2% - o que mostra uma tendência de baixa no atendimento.
A cobertura proporcional do serviço no estado, em 2022 (84%) estava um pouco aquém da nacional (85,5% no Brasil como um todo) e era apenas a 14a num ranking liderado por São Paulo (96,1%), Distrito Federal (95,1%) E Paraná (89,6%).No outro extremo, Rondônia (48,4%), Amapá (50,4%) e Pará (51,2%) tinham os menores percentuais de domicílios com água da rede geral.
Assim como ocorria no Brasil como um todo, na Bahia o percentual de atendimento da rede de água caía significativamente nas áreas rurais, chegando apenas a pouco mais da metade dos domicílios (51,3%), frente a 96% nas áreas urbanas.
Além disso, 1 em cada 4 domicílios abastecidos pela rede de água na Bahia (25,2%) não tinha o serviço disponível diariamente, o que significava 1,503 milhão de residências com algum grau de intermitência no abastecimento - 7º maior percentual entre as 27 unidades da Federação.
A coleta do esgoto por rede geral ou fossa séptica ligada à rede geral continuava, em 2022, a ser o serviço de saneamento com menor cobertura na Bahia, chegando a 59,5% dos domicílios que tinham banheiro, sanitário ou buraco para dejeções. Assim, 40,5% das residências baianas que tinham algum tipo de banheiro (1,952 milhão) não eram atendidas pela rede de esgoto.
Em 2016, o percentual de atendimento era de 58,5%; em 2019, de 57,5% - o que mostra uma certa tendência de alta, mas tão discreta que pode ser considerada uma estabilidade estatística.
Esse aumento de cobertura foi verificado principalmente nas áreas urbanas, onde a rede de esgoto chegava a 77,2% dos domicílios, em 2022, frente a menos de 10% das residências na área rural do estado (9%).
Ainda assim, a Bahia tinha, em 2022, dentre os estados, a 11a maior proporção de domicílios com banheiro e esgoto coletado por rede, num ranking liderado por São Paulo (93,6%), Distrito Federal (89,9%) e Rio de Janeiro (88,9%). Piauí (18,1%), Amapá (20,7%) e Pará (21,7%) tinham os menores percentuais. No Brasil como um todo, 69,5% dos domicílios com algum tipo de banheiro estavam conectados à rede de esgoto, direta ou indiretamente.
Entre 2016 e 2022, série histórica disponível na PNADC, a coleta de lixo, fosse direta (feita por veículo) ou indireta (por meio de caçambas do serviço de limpeza), foi o único serviço de saneamento básico que avançou de forma mais significativa na Bahia. No ano passado, 84,8% dos domicílios no estado eram atendidos com coleta de lixo, proporção que ficava em 80,7% em 2016 e 84,3% em 2019, no pré-pandemia.
Nesses seis anos, o atendimento por coleta direta foi o que mais cresceu, de 64,3% para 71,6% dos domicílios. Já a coleta indireta se reduziu, de 16,4% para 13,2% dos domicílios. Ainda assim, em 2022, 15,2% das residências na Bahia precisavam queimar seu lixo (14%) ou dar alguma outra destinação inadequada aos resíduos (1,2%) - o que representava 805 mil domicílios.
Apesar do avanço, a cobertura domiciliar da coleta de lixo era o indicador de saneamento básico em que a Bahia estava mais mal posicionada no ranking do estados, com a 21a proporção de residências atendidas (ou 7º menor entre as 27 unidades da Federação).
No Brasil como um todo, 92,2% dos domicílios eram atendidos pelo serviço, sendo os maiores percentuais encontrados em Rio de Janeiro (99,3%), São Paulo (99,1%) e Distrito Federal (98,9%), enquanto os menores estavam em Piauí (73,5%), Maranhão (75,2%) e Rondônia (78,5%).
Assim como ocorre com os demais indicadores de saneamento básico, a cobertura domiciliar de coleta de lixo também é significativamente menor em áreas rurais do que em áreas urbanas.
Na Bahia, em 2022, o serviço estava praticamente universalizado em áreas urbanas, atendendo 99,2% das residências. Já nas zonas rurais, o percentual de cobertura era de 45% dos domicílios, enquanto mais da metade da residências (51,5% ou 724 mil) afirmavam queimar o lixo na propriedade.
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